A vereadora de Goiânia Gabriela
Rodart (DC) acionou o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para a abertura de
inquérito com base no Decreto 10.545/20 da prefeitura da capital contra o
Instituto Jaime Câmara.

A parlamentar quer uma investigação sobre os apresentadores que a criticaram em reportagens por ela não utilizar a máscara nas dependências da Câmara de Goiânia.

Porém, no documento foi utilizado
o CNPJ da associação ligada ao grupo, mas que é voltado para o ensino e cultura
e não o cadastro da TV Anhanguera. Com isso, o pedido pode ser anulado.

Pelas redes sociais, a vereadora
criticou ainda a Lei. O que a considerou como “esdrúxula e mal elaborada”. Para
ela, a mesma legislação traz brechas para a processos contra os jornalistas: “eles
devem usar a máscara [no estúdio]”.

Por outro lado, o sindicato dos jornalistas
divulgou uma nota salientando com “preocupação está ação da vereadora”. Para a
entidade, o ato é “uma clara tentativa de intimidação já que age contra uma
emissora que a criticou e não o faz com as demais”.

“Mas a cobrança mostra uma
posição incoerente da vereadora que se posiciona contra uso de máscaras. Antes
de cobrar ação do Ministério Público, a vereadora deveria cumprir as leis. Uma
delas a que obriga o uso de máscara em local público como a Câmara dos
vereadores onde ela deve prestar serviços ao povo goianiense como propor boas
leis e fiscalizar o executivo”, finaliza o comunicado.

Gabriela Rodart

Próximo ao bolsonarismo, Gabriela Rodart critica ainda “a grande mídia”. De acordo com ela, a imprensa “inflamou o medo e a histeria dando voz a previsões alarmistas e apontando suas lentes difamatórias para qualquer um que questionasse as ordens tirânicas e absurdas ditadas pelos donos do poder”, escreveu no Instagram.