Igor Afonso

Os debates sobre identidade de gênero tem se intensificado cada vez mais, além de ganhar espaços na literatura, no cinema, na TV e nos palcos dos mais variados festivais de músicas. Janeiro, que é comemorado o Mês da Visibilidade Trans, e o dia 29, data em que comemoramos o Dia da Visibilidade Trans também foram definidos para lembrar da importância do tema. Por isso, a reportagem do O Hoje, em homenagem a essas pessoas, separou séries, documentários e filmes que tratam sobre a temática. Confira:

Revelação

Revelação é um documentário da Netflix que retrata a representatividade trans no cinema ao longo das décadas. A obra conta com a narração de vários ícones da indústria cinematográfica e que contam suas experiências pessoais com a maneira que pessoas trans são representadas nos filmes ao longo do tempo, além de contar experiências pessoais que passaram enquanto atores trans.

Pose

A série da Netflix retrata o movimento LGBT+ nos anos 80 nos Estados Unidos, onde a cena BallRoom é uma válvula de escape para a comunidade se entreter e levar a cultura Vogue adiante. A série conta a experiência da personagem Blanca que funda sua própria casa de Vogue enquanto luta contra o diagnóstico de HIV positivo. Pose é a série que mais possui atores trans da história da televisão.

Sense8

A série conta a história de oito personagens principais que são conectados pela mente. Na série, Nomi é uma das personagens principais, uma ativista transexual, hacker e lésbica. Durante a trama, Nomi relata sua realidade enquanto mulher trans, seu processo de aceitação, de transição e como ela usa seu conhecimento tecnológico para ajudar pessoas trans quando o governo não o faz.

Euphoria

A série da HBO conta a história de Rue, uma adolescente que acabou de sair da reabilitação e faz amizade com Jules Vaughn, uma jovem trans que enfrenta problemas não só relacionados à sua orientação e gênero, mas também a relacionamentos abusivos.

Laerte-se

Um documentário produzido pela Netflix que acompanha a vida da cartunista e chargista Laerte Coutinho. Aos 58 anos, Laerte assumiu ser uma mulher trans e isso é um dos temas principais do longa, que também retrata seu relacionamento com a família e com seus trabalho. Laerte fala de seu desejo de fazer tirinhas que não tenham regras e que tragam um significado pensante para os leitores.

A morte e a vida de Marsha P. Johnson

O documentário retrata a vida e, principalmente, a morte de Marsha P. Johnson, uma mulher trans que foi encontrada morta em 1992. À época, a polícia considerou como suicídio, porém, a narrativa do documentário mostra uma investigação feita por uma ativista dos direitos LGBTQIA+ para descobrir a verdadeira causa da morte de Marsha.

A investigação de Victoria é baseada em provas documentais, testemunhas oficiais e relatos de pessoas que conheciam Marsha. Nela, é nítido que, no mínimo, as pessoas responsáveis pela investigação não estavam muito empenhadas em fazer com que a verdade viesse à tona. O que não é uma grande surpresa, afinal, quase 20 anos depois, ainda temos que conviver com a ideia de que, nem sempre, a vida (e a história) de pessoas transexuais importam.