Cientista de Taiwan descobrem substância no vinho e uvas que inibe a Covid-19
O tanino é um polifenol encontrado na casca e nas sementes da uva e nas experiências impediu o avanço de duas enzimas presentes no vírus. Mas tudo está em fase inicial de testes | Foto: Pexels.
Nielton Soares
Estudos de cientistas de Taiwan
descobriram que há uma substância no vinho, provenientes da casca e sementes da
uva, que inibem o avanço de duas enzimas presentes no Coronavírus, o que pode
enfraquecer a atuação nele no organismo.
Trata se de um polifenol,
chamado de taninos, que dá adstringência à bebida. Isto é, provoca uma reação
de proteínas da boca, eliminando momentaneamente o poder lubrificante da saliva.
A sustância é mais presente nos vinhos tintos.
A pesquisa foi desenvolvida na
Universidade de Medicina da China (China Medical University, em inglês) e o
primeiros testes mostrou controle das infecções e controle do aumento da carga
viral.
A substância já tinha resultados
positivos contra os efeito do Sars-Cov, em 2003. Os taninos são compostos
antioxidantes e possuem efeitos anti-inflamatórios.
Além da uva, o sorgo, como é conhecido
o milho-zaburro, é rico em tanino. Dele também é feito uma bebida alcóolica
chamada baijiu, conhecida na Ásia. Mas, ainda, não foram estudos.
“A uva e o sorgo têm um conteúdo
de tanino relativamente alto. Na verdade, estamos fazendo pesquisas nessa área.
Esperamos que, em um futuro próximo, possamos decidir se o vinho ou o baijiu
são mais potentes em taninos,” afirmou o presidente da universidade, o Mas
Mien-Chie Hung.
O cientista ressalta que a experiência ainda está em teste.