Entrave judicial sobre quem arcará com gratuidades de passagens ainda não foi julgado
A discussão faz parte do plano emergencial para o transporte coletivo. Enquanto isso, as mudanças definitivas ainda não foram discutidas | Foto: reprodução
Jailson Sena
A decisão judicial sobre a questão das gratuidades em torno das
passagens da Região Metropolitana em relação ao plano emergencial para o
transporte coletivo, ainda não possui um prazo para ser julgada na justiça. A
questão envolve a contestação de Goiânia sobre o plano estadual. Vale
lembrar que a prefeitura protocolou na última quinta-feira (04/02), o próprio
plano municipal para socorrer as empresas de transporte coletivo.
O município escolheu por efetivar o pagamento dos 41% para suprir o
prejuízo causado durante a pandemia da Covid-19 no período de março de dezembro
de 2020, mas descontando os 11,8% referente às gratuidades do sistema. Já no
plano estadual, Goiânia teria que arcar com 41,18% dos recursos para suplantar
o déficit operacional das empresas, que já chega a R$ 75 milhões; o Estado
ficaria responsável por 17,65% dos recursos; Aparecida de Goiânia, 9,41%; a
Senador Canedo, 8,24%; e aos demais municípios, 23,53%.
Com isso, as discussões para as mudanças esperadas no sistema financeiro
do transporte público estão paradas. Além disso, outras questões também
precisam ser resolvidas. Para o vereador de Goiânia Lucas Kitão (PSL),
esse plano tem que ser algo definitivo e que já deveria ser discutido. “Vai
depender do estado e das prefeituras, mas para mim essa é uma questão para
ontem”, diz.
Segundo ele, além da divisão de responsabilidades sobre a conta do
sistema, a população tem que ser bem atendida. “Tem que ser discutida a questão
de políticas públicas como corredores exclusivos, aumento de linhas e a
renovação da frota”, finaliza.
Esse debate poderá ter a participação da Câmara Municipal de Goiânia.
“Imagino que a câmara vai ser chamada para essa discussão e nós temos ideias
para contribuir de alguma forma com alguma eventual alteração que precisa ser
vista por nós”, complementa o vereador Henrique Alves (MDB).
Enquanto as mudanças não chegam, os usuários de ônibus na capital
precisam lidar com poucas opções de horário em algumas linhas, ônibus velhos,
cheios e passar um longo tempo para concluir um trajeto. “Os ônibus dão muitas
voltas e falta implementar mais linhas diretas nos trajetos mais usuais, pois
as filas para pegar eles são imensas. Creio que isto ajudaria a diminuir o
problema”, ressalta o professor Jonathan José.
(Especial para O Hoje)