Auxílio emergencial: governo cruza dados e deve reduzir bastante número de beneficiários
População considerada “invisível”, por não ter carteira assinada e nenhuma assistência social do Estado, soma 40 milhões de pessoas e pode ficar fora do pagamento | Foto: reprodução
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Nielton Soares
O pagamento do auxílio emergencial
deve retornar com critérios mais definidos e reduzir o número de beneficiários
que receberão os R$ 300 mensais, em quatro parcelas. É que o Governo Federal se
organizou melhor durante os últimos 11 meses, quando foram cruzados dados
bancários de todos os beneficiários.
Já no ano passado foi possível identificar
e cortar do programa mais de 8 milhões de pessoas. Na época, após os primeiros
pagamentos, houve redução do número de benefícios de 65 milhões para 57 milhões.
Agora o número deve cair para apenas
3 milhões de beneficiários, incluindo os mais de 14 milhões que já recebem o
Bolsa Família.
Cruzamento de dados
Ao todo, uma plataforma,
desenvolvida pelas secretarias de Governo Digital e de Previdência e Trabalho,
cruzou 11 base de dados. Dentre os quais do CAGED, INSS, MEI e CNIS. No qual,
apenas com o CPF do beneficiário é possível saber se ele é servidor público,
militar, aposentado, pensionista, empresário ou se tem dependentes no Imposto
de Renda.
Inicialmente, com a prorrogação,
eram calculados que 40 milhões de pessoas continuariam no programa, os
considerados “invisíveis”, ao não receber nenhuma assistência social do Estado.
Porém, com a realização do cruzamento de dados, grande parte desse público deve
ficar de fora dos próximos pagamentos.