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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Fraude

Polícia Civil conclui investigação sobre certificados falsos

Crime de Estelionato foi praticado contra servidores públicos que cursaram mestrado no Paraguai

Postado em 16 de março de 2021 por Pedro Jordan
Polícia Civil conclui investigação sobre certificados falsos
Crime de Estelionato foi praticado contra servidores públicos que cursaram mestrado no Paraguai

Da Redação

A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia (DP) de Caldas Novas, concluiu uma investigação de crime de estelionato praticado contra servidores municipais e estaduais das áreas da Saúde e da Educação que realizaram curso de Mestrado no exterior e necessitavam convalidar os referidos cursos em território nacional.

Em meados de 2019, um brasileiro, que morava em Caldas Novas, cursava medicina no Paraguai e conheceu as vítimas que também estudavam naquele país o curso de mestrado, e lhes prometeu a convalidação no Brasil ao custo de R$ 15 mil cada validação. Caso o diploma fosse convalidado, o servidor conseguiria uma gratificação salarial. Ocorre que, após dezenas de servidores de Caldas pagarem pela certificação ao investigado, que hoje estuda medicina no estado da Bahia, surgiu a suspeita de que os certificados recebidos seriam falsificados. Posto isso, a Polícia Civil iniciou uma investigação que culminou na comprovação da fraude, haja vista a negativa das universidades sobre a emissão dos documentos, sendo que sequer possuem autorização para emitir o documento.

Após difundir a notícia de que os referidos certificados eram falsificados, dezenas de vítimas procuraram a Delegacia de Polícia de Caldas Novas e representaram criminalmente contra o autor. As vítimas demonstraram, através de depósitos bancários, o prejuízo que já supera os R$ 200 mil no montante total. O autor, visando encobrir seus rastros, após ser instado pelas vítimas, falsificou e-mails das universidades nos quais elas, em resposta, validavam os certificados emitidos Esta fraude também foi desvendada em resposta aos ofícios pelas universidades à Polícia Civil,  que concluiu não serem, portanto, autênticos os certificados e os e-mail que os referendava.

Ciente das denúncias e da investigação em curso, o investigado compareceu espontaneamente à Delegacia de Polícia, momento em que foi interrogado e confessou ter recebido os valores a título de pagamento para providenciar o convalida dos mestrados das vítimas e que as conheceu no exterior e também através de indicações. O investigado alegou ainda a existência de um terceiro indivíduo que reside em São Paulo para confeccionar os certificados e com quem dividia parte dos lucros. O terceiro seria quem enviava os certificados fraudulentos.

Diante das informações colhidas no inquérito até o momento, a autoridade policial formou convencimento sobre a conduta dolosa do investigado na prática de crime de falsidade de documento público e estelionato, motivo pelo qual foi indiciado e os autos, remetidos ao Poder Judiciário. Se condenado pelos crimes, a pena poderá superar os 5 anos de prisão. 

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