Em quase 100 dias de governo, Rogério Cruz perde protagonismo e deixa promessas de Maguito à deriva
Tudo que havia sido proposto pelo então emedebista foi mal executado pelo atual prefeito, que priorizou apenas o própria base até agora | Foto: Vinícius Schmidt
Da redação
Prestes a completar 100 dias neste sábado (10/04), a contar desde que substituiu Maguito Vilela enquanto estava internado lutando contra as consequência caudas pela Covid-19, Rogério Cruz (Republicanos) ainda não conseguiu ter acertos efetivos no comando de Goiânia. Programas como IPTU Social e Renda Família, idealizados por Maguito, tiveram desempenho abaixo das expectativas do próprio governo e retorno negativo da população.
O primeiro, lançado no fim de janeiro com o objetivo de isentar “aproximadamente 50 mil famílias do pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano”, segundo consta no site da própria prefeitura, até o fim de março não atingiu nem 13 mil pessoas.
Já o Renda Família tinha como meta de atingir 24 mil beneficiários com o auxílio mensal com seis parcelas de R$ 300 para cidadãos sem renda formal que residam em imóveis com valor de até R$ 100 mil. Porém com a burocracia, mesmo atendendo aos critérios para ser contemplada, grande parte da população tem encontrado dificuldades para realizar o cadastro.
Com isso, a prefeitura teve de estender o prazo de inscrição para ver se aumenta o número de solicitações e de aprovados onde até o fim de março, segundo a prefeitura, eram apenas um pouco mais de 7 mil inscritos e quase 3 mil já contemplados.
Somado a isso, a cidade pode ficar sem ter uma troca de asfalto. O motivo é que a prefeitura pode perder R$ 485 milhões dos R$ 780 milhões contratados junto à Caixa. Boa parte do recurso é para ser aplicada na reconstrução de cerca de 630 km de ruas e avenidas na cidade.
O cronograma foi alterado em virtude da pandemia da Covid-19, as obras iniciadas em 2020 tiveram ritmo mais lento. Houve pedido de prorrogação junto à Caixa e a Secretaria do Tesouro Nacional, mas houve negativa.
Ambos os programas sociais e a questão do recapeamento foram elaborados pela equipe de Maguito Vilela quando ele era o titular da chapa eleitoral em 2020. Enquanto ele estava internado, Daniel Vilela e membros do MDB, partido de Maguito, montaram a equipe para administrar a prefeitura com a esperança da recuperação do prefeito eleito.
Mas houve o falecimento do líder, o que acarretou com Cruz assumindo a prefeitura de acordo com a linha de sucessão. E em menos de 4 meses de governo, os emedebistas e membros da gestão que seria de Maguito, foram trocados, o que causou o abandono do MDB da gestão alegando que “o destino de Goiânia passou a ser decidido fora daqui”.
Vale ressaltar que Rogério e o partido Republicanos são ligados a Igreja Universal do Reino de Deus. Com isso, o prefeito, até agora, apenas agradou os colegas e também a cúpula da igreja, enquanto as ações para a população são apenas o que Maguito determinou no plano de governo.
A reportagem procurou a prefeitura para atualizar os números dos programas sociais e saber de outros destaques durante este período de governo, mas não obtivemos respostas até a publicação.