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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Teleatendimento

Digitalização da saúde melhora atendimento

Com o surgimento da pandemia da Covid-19, o avanço para a modernização do setor avança, mas ainda possui desafios | Foto: Reprodução

Postado em 6 de maio de 2021 por Redação
Digitalização da saúde melhora atendimento
Com o surgimento da pandemia da Covid-19

Com a pandemia, muitos serviços de saúde que não precisam necessariamente de um atendimento presencial,  tiveram que ser por meio da modalidade virtual. A Organização Mundial de Saúde (OMS), define como Saúde Digital, que é o uso da tecnologia de informação e comunicação no apoio e a áreas relacionadas à saúde.

“Em outras palavras, estamos falando do uso de tecnologias digitais para a atenção integral à saúde da população, considerando tecnologias que apoiam a promoção, prevenção e assistência, tanto na esfera individual como nas instituições de saúde”, diz Claudio Giulliano, CEO da Folks.

Com uma maior digitalização, os benefícios seriam em forma de atendimento via telessaúde, apoio à decisão clínica, análises avançadas, maior mobilidade, prontuário eletrônico avançado e compartilhado. Com essas e outras vantagens, há estudos que indicam que os usuários terão uma maior facilidade na hora do atendimento.

“Muitos estudos mostram que o hospital digital é mais seguro para o paciente e é muito mais eficiente, com redução de custos e maior satisfação de profissionais e pacientes. No contexto da saúde pública, por exemplo, a Telessaúde melhora os indicadores de acesso a consultas médicas”, explica Cláudio.

Ele complementa que “o uso de sistemas de apoio à decisão clínica melhoram o diagnóstico e a proposição de condutas baseada em melhores práticas médicas internacionais”. Com essas vantagens, o Sistema Único de Saúde (SUS), pode ter melhoras por meio da tecnologia.

O Ministério da Saúde publicou no início deste ano, a Estratégia de Saúde Digital do Brasil, que é um documento que orienta as ações para tornar a saúde mais digital. “Com isso, esperamos que os benefícios de qualidade assistencial, segurança do paciente, segurança da informação, satisfação do paciente e dos profissionais possam ser realmente obtidos pelo SUS, com benefícios diretos à toda população brasileira”, complementa Giulliano.

Mão de obra qualificada é um desafio

A saúde digital está hoje dentre as prioridades das instituições de saúde privadas. Grandes grupos estão investindo muito para tornar suas operações assistenciais totalmente digitais, e com isso abre se uma nova janela no mercado.

“Há tanto um grande movimento no mercado de empresas, com o surgimento de centenas de health techs (startups voltadas a resolverem os problemas do setor de saúde), para solucionar problemas que vão desde o agendamento on-line de consultas, saúde mental até faturamento e gestão de doenças crônicas”, pontua Cláudio.

Porém existe a carência de mais profissionais qualificados no mercado. “Uma das dificuldades é a falta de mão de obra especializada. Para a transformação digital da saúde, é necessário conhecimento e metodologia. São raros os médicos ou enfermeiros especialistas em informática clínica”, afirma.

Cláudio finaliza que outra barreira é de que “os gestores da saúde ainda são muito analógicos. Adicionalmente, o apertado orçamento das instituições dificulta os necessários investimentos para a digitalização total do setor”.

HC e governo britânico fecham parceria para programa de saúde digital

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e o governo do Reino Unido anunciaram nesta quarta-feira (05/05), uma parceria para desenvolver o Plano de Saúde Digital, parte do Better Health Programme (BHP), programa de cooperação em saúde do Reino Unido com o Brasil.

O objetivo é desenvolver soluções de saúde digital que aumentem a eficiência e qualidade no atendimento e acompanhamento dos pacientes do HC, e que possam ser implantadas em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto terá duração de dois anos (entre 2021 e 2022), e tem foco em três pilares: melhorar o atendimento na atenção primária; levar a implementação das ferramentas digitais desenvolvidas a todos os níveis de atendimento na rede de saúde e capacitar profissionais do sistema público de saúde e se adaptar às realidades regionais do País.

“A realização do Plano de Saúde Digital resultará em avanços significativos na melhoria do atendimento prestado à sociedade brasileira, com a criação de modelos de soluções digitais replicáveis para melhorar a experiência do paciente e ter mais eficiência em toda a jornada de atendimento”, diz Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Diretor do Instituto de Radiologia e presidente da Comissão de Inovação do HCFMUSP.

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