Queiroga diz que tratamento precoce não é tema decisivo no combate a pandemia
Em depoimento na CPI, ministro disse que a vacinação e medidas não farmacológicas são decisivas na crise sanitária.
Luan Monteiro
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (06/05), durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que o tratamento precoce não é decisivo no enfrentamento da pandemia. “Essa questão do tratamento precoce não é decisiva no enfrentamento à pandemia. O que é decisivo é justamente a vacinação e as medidas não farmacológicas”, disse o ministro.
“Conforme já externei, não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente da República. Essa questão é de natureza técnica. Essa medicação, como outras, foi suscitada no tratamento da Covid. No começo, o uso compassivo foi feito em diversas instituições. E já existem estudos controlados que mostram que pacientes mais graves, em UTI, não tem efeito. Em pacientes intermediários, não tem efeito”, explicou.
“Eu não autorizei distribuição de cloroquina na minha gestão. Não tenho conhecimento de que esteja havendo distribuição de cloroquina na nossa gestão”, complementou.
A decisão de Queiroga difere de seu antecessor, Eduardo Pazuello, que defendeu o tratamento com medicamentos sem comprovação cientifica para tratar a doença durante seu tempo comandando a pasta.
Para Queiroga, é necessário um consenso de profissionais especializados para que se recomende medicamentos ou não. “O que nós queremos fazer é trazer todos esses especialistas, juntamente com os técnicos do Ministério da Saúde, e pacificarmos essa situação de uma vez por todas. Há um agrupamento de colegas que defendem fortemente esse chamado tratamento precoce com esses fármacos e há outros colegas que se posicionam contrariamente. O Ministério da Saúde quer acolher todos para que cheguemos a um consenso”, completou.