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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Evento virtual

Semana do MEI começa com oportunidades de negócios

Microempreendedores individuais e novos interessados em se formalizarem poderão acompanhar palestras e consultoria administrativa e financeira.

Postado em 10 de maio de 2021 por Nielton Soares
Semana do MEI começa com oportunidades de negócios
O evento ocorre em todo o Brasil e pelo segundo ano será totalmente virtual

Mais uma “Semana do Microempreendedor Individual (MEI)” ocorrerá virtualmente neste ano, devido a continuação da pandemia da Covid-19. O evento ocorrerá em todo o Brasil, com início hoje (10) e vai até o próximo dia 14, totalmente gratuito para microempreendedores já cadastrados e também para quem deseja se formalizar no programa. A realização é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As inscrições são feitas pelo site do Sebrae.

Na programação há oficinas práticas e palestras de especialistas do Sebrae e também convidados. Para o diretor-superintendente do Sebrae-GO, Antônio Carlos de Souza, os participantes poderão ter acesso a conhecimento para se inspirar, conhecer tendências e oportunidades para ampliar negócios. Além disso, poderá aprender sobre planejamento para cuidar das finanças, tendo interação com os consultores da entidade.

O que será facilitado também é em relação à contratação de linhas de crédito, financiamentos disponibilizados pelos governos Federal e Estadual, voltados exclusivamente para o segmento. “Durante o evento, nossos consultores estarão auxiliando os microempreendedores na tomada desses empréstimos, para fomentar mais seus negócios”, esclareceu Antônio Carlos.

O microempreendedor individual (MEI) é a pessoa formalizada com faturamento de até R$ 81 mil por ano. Atualmente, em Goiás há 413.552 nessa modalidade, desse total, 185.259, ou seja, 45%, estão localizados na região Metropolitana de Goiânia. Por sexo, 55% dos MEIs no estado são homens (228.875) e 45% mulheres (184.677).

Os microempreendedores goianos representam 3,5% de todos os cadastros no Brasil, que hoje são de quase 12 milhões de pessoas (11.916.041). Os dados são do Sebrae e mostram ainda que houve crescimento nos pedidos de formalização durante a pandemia da Covid-19. No ano passado, por exemplo, houve alta de 19,4% de inscrições no programa. E até o momento, já se registrou o aumento de 5,6% em relação a 2020.

Atividades econômicas

Inúmeros atividades, que até então eram consideradas como autônomas ou mesmo serviços prestados por pessoas físicas, passaram a fazer parte do MEI, o que permitiu a formalização e, com isso, garantindo também oportunidades, como o trabalho legal, empréstimos em bancos e a aposentadoria.

Em Goiás, o exemplo de atividades que foram classificadas no programa é a moda, que vai desde a criação até a produção. Rafael Aquino que é estilista e antes de se tornar MEI trabalhava de carteira assinada, aproveitou a oportunidade de criar a própria marca e trabalhar por conta própria. Outro exemplo, desse segmento, é da empresária Niveralda Rosa de Jesus, 41 anos, que há 12 anos trabalha com moda fitness, tornando-se geradora de empregos. “Antes eu trabalhava como faccionista de roupas e a formalização trouxe mais estabilidade e segurança”, cita.

Mas há história também de quem se formalizou para atuar em área que não tinha experiência. Esse é o caso da Priscila Paiva, que se inscreveu no MEI e criou uma empresa para produtos naturais há dois anos. “Abri o MEI e já abri a minha loja”, recorda.

Linhas de crédito

Para se ter ideia, neste ano, o Governo de Goiás liberou R$ 112 milhões para empréstimos a juro 0% para micro e pequenos empresários, desde que não demitam funcionários. Parte desses recursos são direcionados também para os microempreendedores individuais (MEIs) e autônomos.

Os empréstimos, operacionalizados pela Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), são disponibilizados os valores de R$ 5 mil e até R$ 50 mil. A carência para começar a pagar é de seis meses e até 36 meses. O governo destaca que a iniciativa é direcionada principalmente às microempresas, microempreendedores individuais e trabalhadores autônomos com faturamento de até R$ 360 mil. Porém, empresários do comércio varejista, atacadistas e pequena indústria também podem ser atendidos pelo programa. (Especial para O Hoje)

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