Goiânia registra aumento de preço na venda de imóveis acima da média no país
Aumento dos custos dos materiais de construção e a falta de insumos no mercado devem aumentar mais os valores até o fim de 2021.
Goiânia foi uma das capitais brasileiras que registrou aumento nos preços dos imóveis residenciais em março deste ano. O reajuste foi de 0,84%, acima da média no país, que ficou em 0,78%, de acordo com o índice IGMI-R da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em 12 meses, a alta nos preços acumulada na capital é de 6,34%, um pouco abaixo da registrada no período no país: 8,45%. Apenas Rio de Janeiro, Recife e Brasília tiveram aceleração no resultado acumulado em 12 meses.
Nos últimos meses, as variações do índice em Goiânia alcançaram 0,69% no terceiro trimestre de 2020, 1,16% no quarto trimestre de 2020 e 1,60% no primeiro trimestre deste ano. “A previsão é de um reajuste nos preços entre 15% e 20% até o final deste ano, impactados pelo aumento dos custos dos materiais de construção e a falta de insumos no mercado, como aço e cimento”, destaca o diretor de Marketing, Comunicação e Eventos da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Marcelo Moreira.
Este aumento deve ser repassado ao consumidor a curto ou médio prazo. “O mercado imobiliário registra um aquecimento desde 2020, que deve permanecer neste ano impulsionado pela baixa taxa de juros. Diante deste ritmo e da ausência de insumos para as obras, além do aumento dos preços dos materiais, o repasse é iminente”, explica. Ele complementa que “quem está pensando em comprar imóveis, a recomendação é não esperar muito para tomar uma decisão”.
Para este ano, expectativa é que o setor registre um crescimento de até 30% nas vendas e nos novos lançamentos. A dinâmica dos preços também é confirmada pelos resultados da Sondagem da Construção Civil do IBRE/FGV. O Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE), que são calculados de acordo com o sentimento dos empresários do setor de construção de edificações residenciais, apontam que houve uma recuperação a partir da queda acentuada no segundo trimestre de 2020.
Análise aponta também que o Índice de Confiança da Construção (ICST), que agrega percepções de situação atual e expectativas, chegou a atingir o mesmo nível anterior ao do início da recessão, porém vem declinando a partir daí desde o final de 2020.