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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Saúde

Família investe em comercialização de frutas e verduras por delivery durante a pandemia

Segundo dados da Euromonitor Internacional nos últimos cinco anos o setor de comida saudável pronta cresceu 33% e até 2025 deve crescer mais 27%

Postado em 24 de maio de 2021 por Redação
Família investe em comercialização de frutas e verduras por delivery durante a pandemia
Segundo dados da Euromonitor Internacional nos últimos cinco anos o setor de comida saudável pronta cresceu 33% e até 2025 deve crescer mais 27% | Foto: divulgação

Apesar das medidas restritivas de contenção do vírus da Covid-19 para a  população terem afetado o funcionamento de diversos setores comerciais, em 2020, foram abertas mais de 3 milhões de novas empresas, segundo apontamento do Serasa Experian. As empresas que já existem, para manter a rotatividade de seus produtos tiveram que reinventar suas formas de comercialização aos tempos pandêmicos.

A adequação à modalidade de delivery, em decorrência do fechamento das lojas físicas, foi uma alternativa viável para muitos comerciantes. Apesar de ter surgido durante a pandemia, a Vida Frutas, do empreendedor Marcelo Ribeiro, já nasceu com estratégias para atender às novas demandas do mercado e clientes. O que antes era um empreendimento dos pais do empreendedor, se tornou uma demanda coletiva da família. 

Com o início da pandemia, os pais de Marcelo, que antes tinha um depósito de produtos na Centrais de Abastecimento S.A. (CEASA), tiveram diversas dificuldades para a comercialização de suas frutas e verduras. “Com a situação da pandemia e a dificuldade para vender, as vendas despencaram”, conta. Buscando uma renda extra e também uma forma de ajudar a família, o empreendedor decidiu incentivar os pais a investirem na estratégia de delivery, que hoje traz um grande rendimento para o negócio.

De acordo com Marcelo, a adequação à modalidade ao criar a Vida Frutas Delivery (@vidafrutas), além de aumentar as vendas, trouxe uma gama de novos clientes. “A demanda cresceu super. Muita gente veio atrás dos produtos, tivemos muita procura de supermercados, que queriam passar as compras deles para que pudéssemos entregar. Teve outros clientes que ficaram com receio de ir até o CEASA, pela movimentação e decidiu pedir para que entregassem também”, complementa. Com o grande número de demandas, que repercutiu de consumidores diretos até a procura de supermercados e restaurante, o objetivo, segundo Marcelo, é continuar com as vendas totalmente em delivery. Apesar do grande retorno com a estratégia, o empreendedor considera que a família não fechará o depósito físico, que deu origem a Vida Frutas. 

Em análise, o empreendedor considerou, que, em decorrência da situação pandêmica, muitas pessoas começaram a optar por uma vida saudável, procurando por frutas e verduras – comércio a qual ele trabalha – o que garantiu que a procura e demanda pelos produtos crescessem bastante. Por praticidade aos clientes, Marcelo conta que, além de lidar com o delivery das verduras, a família decidiu comercializar os produtos picados, o que ocasionou em mais vendas do que o normal. “Recebemos vários feedback de pessoas elogiando. Eles falavam principalmente que, em decorrência da rotina, antes não tinham tempo para picar e descascar os alimentos e acabavam comendo algo rápido e não saudável na rua”, finaliza.

A pandemia desenvolveu diversos efeitos inesperados no padrão alimentar dos brasileiros. Com a decretação do isolamento, acredita-se que, aqueles que puderam manter seu tempo de resguardo em casa e estão entre os grupos sociais que puderam ter acesso a outros alimentos além dos ultraprocessados, passaram a se alimentar cozinhando suas próprias refeições e fazendo escolhas por comidas mais naturais.

De acordo com a estudante de Farmácia, Isadora Pereira, apesar de ter tentado manter uma alimentação saudável antes da pandemia, passar mais tempo em casa, por conta do isolamento, fez com que ela conseguisse se alimentar de mais produtos naturais e saudáveis. Além da procura por mais verduras e frutas, a estudante começou também uma dieta sem o consumo de proteína animal.

“O que me faltava era tempo. Passar o dia todo na universidade e no trabalho me fazia chegar em casa completamente exausta, eu optava por comidas caseiras mas nem sempre conseguia investir em algo mais, como uma abóbora refogada ou uma salada. Agora, passando mais tempo em casa, me permitiu ter contato e mais cuidado com a minha alimentação e meu corpo, o que fez inclusive com que eu mudasse no meu prato os produtos derivados de animais por proteínas alternativas, como soja e grão de bico, que são bem fáceis de fazer”, finaliza.

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