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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Descoberta

Paleontólogo encontra ovos de dinossauro no interior de São Paulo

De acordo com William Nava, são cerca de 20 ovos do período cretáceo, entre 70 e 80 milhões de anos atrás.

Postado em 11 de junho de 2021 por Alice Orth
Paleontólogo encontra ovos de dinossauro no interior de São Paulo
De acordo com William Nava

Uma ninhada de ovos fossilizados de dinossauro e crocodilo foram encontrados em um sítio paleontológico de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. A descoberta foi anunciada nesta quinta-feira (10/06) pelo paleontólogo William Nava. De acordo com ele, são cerca de 20 ovos do período cretáceo, entre 70 e 80 milhões de anos atrás.

“É uma descoberta importante e rara, uma vez que ovos fossilizados são difíceis de preservar, devido à sua estrutura frágil”, disse ao Estadão. Ele acredita que os ovos podem ser de crocodilos que conviveram com dinossauros, além de ovos de terópodes, uma espécie bípede e carnívora. “Ainda dependemos de análise desse material em lâmina (microscópio) para confirmar, mas ovos fossilizados de dinossauros ainda não tinham sido encontrados no Estado de São Paulo”, afirmou.

O local em que foram encontrados estava sendo escavado desde 2004, nas proximidades do município. Alguns dos ovos têm entre seis e oito centímetros e foram encontrados juntos, o que caracteriza uma ninhada, e indicam poder pertencer a um crocodilomorfo, um réptil ancestral. Outros, ele acredita que se tratam oficialmente de dinossauros, pois Nava já havia descoberto outros semelhantes em Marília, no início dos anos 2000.

“Estes têm casca e formato típicos daqueles que encontramos próximo do esqueleto fóssil que foi identificado como Mariliasuchus amarali, o crocodilo de Marília. Na época, a pesquisadora Claudia Magalhães, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), identificou os ovos como sendo de crocodilo. Só que, desta vez, os ovos estavam isolados, sem a presença de ossos por perto”, confirmou.

Segundo o paleontólogo, à época em que os ovos foram postos, a região era árida e quente. “Pode ter havido um soterramento que encobriu a ninhada, mantendo os ovos intactos”, especulou. Eles foram levados para o Museu de Paleontologia de Marília, e serão posteriormente analisados na Universidade de Brasília (UnB) por uma equipe composta de especialistas como o argentino Agustin Martinelli, do Museu de Ciências Naturais de Buenos Aires, e ogo Rodrigo Santucci, da UnB e da Sociedade Brasileira de Paleontologia.

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