Por falta de doses contra a Covid-19, a Prefeitura de Goiânia abriu ontem (30) somente quatro postos de vacinação dos 18 disponíveis. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), também não haverá atendimento na modalidade drive-thru enquanto não chegar novas doses de imunizantes.

Aqueles que tentaram realizar o agendamento pelo aplicativo da Prefeitura não conseguiram,

pois não tinham doses disponíveis. Por enquanto, estão sendo atendidos grupos prioritários determinados pelo Ministério da Saúde, grávidas, lactantes, puérperas e pessoas a partir de 45 anos, sem comorbidades. O atendimento será das 8h às 17h, dispensando agendamento apenas para grávidas e puérperas. 

Pessoas a partir de 45 anos, sem comorbidades, e grupos prioritários devem agendar seu atendimento em três unidades, por meio do aplicativo Prefeitura 24 horas. Importante destacar que no rol dos grupos prioritários passam a ser incluídas lactantes com bebês de até seis meses e profissionais da imprensa que residam em Goiânia. Todos esses só serão atendidos por agendamento.

Já gestantes e puérperas que moram na capital passam a ter a UPA Dr. Domingos Viggiano (UPA Jardim América) como ponto fixo de vacinação, sem agendamento. A unidade também segue destinada ao atendimento daqueles que estão com a segunda dose em atraso.

Medidas de controle 

A superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, Flavia Amorim, lembra que para alguns Goiás já está na terceira onda, apesar dos aumentos de casos ser menor em comparação à segunda onda. “Ainda estamos com regiões com aumento de casos.”

Ela alerta  que é necessário vacinar o mais rápido possível para evitar novas ondas posteriormente. “Precisamos vacinar o mais rápido possível e manter as medidas de controle para que os casos caiam a níveis tão baixos que possamos, por exemplo, deixar de usar máscara em local aberto, reunir com mais pessoas, como alguns países já têm feito. A solução é fazer o dever de casa. Vacinar e medidas de controle”, enfatiza. 

Segundo a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Consems), Veronica Savatin, a distribuição de doses é feita com base no último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010. Isto dificulta o mapeamento já que a realidade à época era completamente diferente. Por este

motivo, explica, há desigualdade no número de vacinação em algumas cidades. 

Aceleração 

O ritmo acelerado da vacinação contra a doença em Goiânia tem feito com que o estoque de vacinas se esgote rapidamente, assim como tem acontecido em outros municípios do Estado. No último dia 25, a Capital recebeu nova remessa com 22.860 doses de imunizantes. Com isso, foi ampliada a faixa etária de pessoas sem comorbidades para a partir de 45 anos. 

Já na última terça (29) foi dado início ao cronograma de vacinação dos trabalhadores de imprensa. Foram contemplados repórteres, cinegrafistas, fotógrafos, motoristas, produtores de jornalismo, assessores de comunicação, freelances e todos os estagiários dessas respectivas áreas de atuação. 

Novo lote

Pelas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado anunciou na manhã desta quarta-feira (30), a chegada de mais 163.690 doses de vacina contra a Covid-19. Ainda hoje, às 21h50, desembarcam 126.250 doses da AstraZeneca, em Goiás. E logo na madrugada desta quinta-feira (1ª), 37.440 da Pfizer. Todas as vacinas serão usadas para primeira aplicação, de acordo com Caiado.

Taxa de ocupação 

Em Goiás, a rede hospitalar estadual estava com 83% dos 598 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados até a última atualização ontem (30). O índice na enfermaria era de 53%. Em Goiânia, das 312 vagas de UTI, cerca de 82% estavam em uso. Já o índice na enfermaria, que tem 294 leitos, girava em torno de 53%. O Complexo Regulador Estadual, que administra pedidos de internação, tinha cerca de 36 pacientes na fila de espera por uma UTI e 31 pessoas que aguardavam por um leito de enfermaria. (Especial para O Hoje).