Como não deixar gastos sazonais interferirem seu planejamento
Confira o artigo, desta segunda-feira (12/07), por Ricardo Hiraki Maila
Imagine a situação: faltam poucos dias para o próximo salário pingar na conta corrente e tudo está sob controle, as contas da casa foram pagas, o mercado foi feito, o cartão de crédito está pago totalmente e no dia do vencimento. Parece que nada pode te tirar da trilha de continuar organizado e com o mínimo da saúde financeira em dia. Você sabe de cabeça a média de gastos que tem e o que precisa fazer para se manter equilibrado e vencer mais um ciclo, mas não será dessa vez.
De repente, lembra que é aniversário do afilhado e não poderá deixar de ir, menos ainda sem presente. E ao entrar no carro percebe que chegou o momento da manutenção trimestral junto com aquele feriado ou data comemorativa. Pois é, o cartão de crédito será a salvação, mas e os meses seguintes? É assim que, gradativamente, entramos em endividamento .
Costumamos ver o orçamento em períodos mensais, mas não a prevê-lo em uma linha do tempo futura. Essa organização é importante; realizar o exercício de planejar períodos dos próximos doze a vinte quatro meses, facilita para prevermos as demandas, mesmo as sazonais, e assim diluir o orçamento de modo mais equilibrado nos períodos que antecedem. E o registro de despesa de hoje, facilitará as próximas previsões tornando-as mais assertivas.
Gastos sazonais costumam ter relação com presentes que damos a família, mãe, namorada, amigos, professor e etc. Existem muitos modos de ver isso dentro de cada ciclo social, mas em alguns deles é interessante ter a transparência de falar que não é necessário dar algo, mas sim, demonstrar a importância por gestos e palavras. Afinal, quantos presentes ganhou dos eventos de amigos secretos que estão lá no fundo do armário sem uso, mas a melhor parte foi ouvir as palavras antes de receber no dia, mesmo que tenham sido em tom de humor?
Por fim, parte das pessoas têm receitas sazonais, a exemplo de IR, décimo terceiro salário, a participação de lucros e resultados; melhor que não ter dívidas é ter reservas já provisionadas para esses momentos de despesas que são mais complexas de anteciparmos.