Fim do embarque prioritário resulta em aglomerações nos ônibus
Foram verificadas superlotações nos terminais de Goiânia Terminal Praça A, Terminal Vera Cruz, Bandeiras e do Recanto do Bosque
No primeiro dia após o fim do embarque prioritário no transporte coletivo de Goiânia, foram registradas aglomerações em diversos ônibus e terminais, conforme apurado pelo O Hoje. Foram verificadas superlotações nos principais terminais de Goiânia em horários de pico, a exemplo do Terminal Praça A, Terminal Vera Cruz e do Recanto do Bosque.
Mesmo anteriormente, quando vigorava o embarque prioritário, os terminais tinham aglomerações nas plataformas, já que a frota de ônibus não é suficiente para atender todos os usuários sentados. O embarque prioritário, adotado por intermédio da Secretaria-Geral da Governadoria (SGG) junto à Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), foi uma iniciativa implementada após a constatação da segunda onda de contágio do novo Coronavírus, e contribuiu para diminuir o fluxo de pessoas nos horários de pico nos terminais urbanos.
A RMTC registrou na última segunda-feira, 12 de julho, 76.743 pessoas usando o sistema no horário de pico da manhã, já na manhã de ontem (19), foram 71.106 passageiros. Portanto houve uma redução de 7,3% para o primeiro dia sem Embarque Prioritário na RMTC, 5.637 menos validações. Segundo a pasta, em Goiânia, o recuo na demanda foi de 5,8% ou 1.383 menos validações. Aparecida registra uma redução de 5,9%, ou menos 1.285 validações na hora pico da manhã.
Queda no índice de contágio
Conforme explica o secretário-chefe da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, o acompanhamento periódico junto aos pesquisadores da área tem mostrado queda no índice de contágio pelo novo coronavírus, o que permite a adoção de medidas de flexibilização com maior segurança. “Todo o monitoramento da pandemia continua sendo feito, mas os relatórios semanais mostraram que é possível retomar o embarque normal nos terminais urbanos neste momento. Nosso foco sempre será na manutenção da saúde das pessoas e na tomada de decisões com base na ciência”, explicou Rocha Lima.
Ele comentou que, à época da implantação do embarque prioritário, cujo controle contou com mecanismos tecnológicos, a iniciativa chamou a atenção de demais estados e foi copiada por outros municípios brasileiros. Dessa forma, ficam revogados os parágrafos 1º e 2º, do artigo 9º, do Decreto n.º 9.848, de 13 de abril de 2021, que dispõe sobre as medidas a serem adotadas no Estado de Goiás em razão da disseminação do novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o Estado, a iniciativa está alinhada ao Decreto Municipal da Prefeitura de Goiânia, de 15 de julho, que flexibilizou horário de funcionamento do comércio e demais atividades culturais, permitindo a reabertura de cinemas.
100% da frota
Em nota, o RedeMob Consórcio informa que a RMTC continua operando com 100% da frota disponível, incluindo a frota reserva e a extra. “Mesmo com toda frota operando nos horários de pico, cumprindo a planilha operacional da CMTC, com o fluxo concentrado de pessoas, característica peculiar de qualquer modal de transporte público coletivo, pode ocorrer pontos de aglomeração”, diz a nota.
A orientação é para que os usuários a fazerem uso do aplicativo oficial da RMTC, o SimRMTC, onde podem acompanhar, em tempo real, o horário de deslocamento dos ônibus, e, dessa forma minimizar aglomerações e o tempo de espera pelo veículo.
Ônibus insuficientes
Estudos técnicos da CMTC apontam que para que a Metrobus possa operar com apenas passageiros sentados na realidade atual seriam necessários mais 200 ônibus para rodar apenas no Eixo Anhanguera para conseguir atender a demanda no horário de pico. Hoje são 99 ônibus entre articulados e biarticulados em operação. Portanto, seriam necessários quase 300 ônibus no total para atender ao transporte de apenas passageiros sentados no eixo. Uma frota duas vezes maior do que a que a Metrobus já teve em toda sua história e na história do Eixo Anhanguera. (Especial para O Hoje).