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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Goiânia

Fim do embarque prioritário resulta em aglomerações nos ônibus

Foram verificadas superlotações nos terminais de Goiânia Terminal Praça A, Terminal Vera Cruz, Bandeiras e do Recanto do Bosque

Postado em 20 de julho de 2021 por Daniell Alves
Fim do embarque prioritário resulta em aglomerações nos ônibus
Foram verificadas superlotações nos terminais de Goiânia Terminal Praça A

No primeiro dia após o fim do embarque prioritário no transporte coletivo de Goiânia, foram registradas aglomerações em diversos ônibus e terminais, conforme apurado pelo O Hoje. Foram verificadas superlotações nos principais terminais de Goiânia em horários de pico, a exemplo do Terminal Praça A, Terminal Vera Cruz e do Recanto do Bosque. 

Mesmo anteriormente, quando vigorava o embarque prioritário, os terminais tinham aglomerações nas plataformas, já que a frota de ônibus não é suficiente para atender todos os usuários sentados. O embarque prioritário, adotado por intermédio da Secretaria-Geral da Governadoria (SGG) junto à Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), foi uma iniciativa implementada após a constatação da segunda onda de contágio do novo Coronavírus, e contribuiu para diminuir o fluxo de pessoas nos horários de pico nos terminais urbanos.

A RMTC registrou na última segunda-feira, 12 de julho, 76.743 pessoas usando o sistema no horário de pico da manhã, já na manhã de ontem (19), foram 71.106 passageiros. Portanto houve uma redução de 7,3% para o primeiro dia sem Embarque Prioritário na RMTC, 5.637 menos validações. Segundo a pasta, em Goiânia, o recuo na demanda foi de 5,8% ou 1.383 menos validações. Aparecida registra uma redução de 5,9%, ou menos 1.285 validações na hora pico da manhã. 

Queda no índice de contágio 

Conforme explica o secretário-chefe da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, o acompanhamento periódico junto aos pesquisadores da área tem mostrado queda no índice de contágio pelo novo coronavírus, o que permite a adoção de medidas de flexibilização com maior segurança. “Todo o monitoramento da pandemia continua sendo feito, mas os relatórios semanais mostraram que é possível retomar o embarque normal nos terminais urbanos neste momento. Nosso foco sempre será na manutenção da saúde das pessoas e na tomada de decisões com base na ciência”, explicou Rocha Lima.

Ele comentou que, à época da implantação do embarque prioritário, cujo controle contou com mecanismos tecnológicos, a iniciativa chamou a atenção de demais estados e foi copiada por outros municípios brasileiros. Dessa forma, ficam revogados os parágrafos 1º e 2º, do artigo 9º, do Decreto n.º 9.848, de 13 de abril de 2021, que dispõe sobre as medidas a serem adotadas no Estado de Goiás em razão da disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

De acordo com o Estado, a iniciativa está alinhada ao Decreto Municipal da Prefeitura de Goiânia, de 15 de julho, que flexibilizou horário de funcionamento do comércio e demais atividades culturais, permitindo a reabertura de cinemas.

100% da frota

Em nota, o RedeMob Consórcio informa que a RMTC continua operando com 100% da frota disponível, incluindo a frota reserva e a extra. “Mesmo com toda frota operando nos horários de pico, cumprindo a planilha operacional da CMTC, com o fluxo concentrado de pessoas, característica peculiar de qualquer modal de transporte público coletivo, pode ocorrer pontos de aglomeração”, diz a nota. 

A orientação é para que os usuários a fazerem uso do aplicativo oficial da RMTC, o SimRMTC, onde podem acompanhar, em tempo real, o horário de deslocamento dos ônibus, e, dessa forma minimizar aglomerações e o tempo de espera pelo veículo. 

Ônibus insuficientes

Estudos técnicos da CMTC apontam que para que a Metrobus possa operar com apenas passageiros sentados na realidade atual seriam necessários mais 200 ônibus para rodar apenas no Eixo Anhanguera para conseguir atender a demanda no horário de pico. Hoje são 99 ônibus entre articulados e biarticulados em operação. Portanto, seriam necessários quase 300 ônibus no total para atender ao transporte de apenas passageiros sentados no eixo. Uma frota duas vezes maior do que a que a Metrobus já teve em toda sua história e na história do Eixo Anhanguera. (Especial para O Hoje).

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