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domingo, 24 de novembro de 2024
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Fura fila

Exército vacinou agentes da Abin secretamente e sem aval do PNI, diz jornal

Todos eles são suspeitos de furar a fila de vacinação, devido desrespeito às normas do PNI.

Postado em 21 de julho de 2021 por admin
Exército vacinou agentes da Abin secretamente e sem aval do PNI
Todos eles são suspeitos de furar a fila de vacinação

O Exército Brasileiro atuou na imunização de 130 servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sem aval técnico do Programa Nacional de Imunização (PNI). As informações são do Jornal A Folha de S.Paulo.

Segundo o jornal, o Ministério Público Federal (MPF), constatou que uma lista sigilosa foi enviada ao Exército para que os funcionários da agência fossem imunizados junto aos militares da ativa, que estão sendo imunizados em Brasília.

De acordo com o MPF, a inquérito investiga o privilégio dado a militares das Forças Armadas, forças de segurança e agentes da Abin em Brasília. Todos estes são suspeitos de furar a fila de vacinação, devido ao desrespeito das normas do PNI, que estipula vacinação de grupos prioritários devido à escassez de doses.

“Tivemos esclarecimento com o governo do Distrito Federal. A coordenação de imunização entrou em contato conosco, perguntando sobre esses profissionais da Abin. No PNI, esses profissionais não estariam contemplados, por não disporem de ações diretas relacionadas à atuação em segurança”, afirmou Caroline Gava, técnica do PNI. “Se ocorreu a vacinação prioritária, a gente não tem como responder”, completou.

Após um pedido de explicações feito pelo MPF, o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, afirmou que a vacinação dos agentes atendeu a uma “iniciativa exclusiva” da Associação Nacional dos Oficiais de Inteligência.

“Contudo, não se pode deixar de afirmar o caráter de órgão de segurança de Estado e da sociedade da Abin, bem como a essencialidade da atividade de inteligência, que mesmo no período de vigência do decreto de calamidade pública, decorrente da pandemia, manteve parte de seu efetivo em trabalho presencial e externo, com risco epidemiológico”, disse Ramagem em ofício.

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