‘Se eu perder houve fraude’ é discurso de quem não aceita a democracia, diz presidente do TSE
Luís Roberto Barroso voltou a criticar voto impresso e defender urna eletrônica durante discurso no Acre.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, voltou a criticar o voto impresso nesta quinta-feira (29/07) e disse que o discurso de que “se eu perder, houve fraude, é um discurso de quem não aceita a democracia”. As declarações de Barroso foram feitas durante a inauguração do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC).
Durante o discurso, o presidente do TSE afirmou que não há fraudes no processo eleitoral brasileiro desde 1996, quando as urnas eletrônicas começaram a ser utilizadas. “Em 2014, o candidato derrotado pediu a auditoria do sistema, foi feita a auditoria e o próprio partido do candidato foi convencido que não houve fraude”, disse.
Segundo Barroso, a impressão do voto resultará em fraudes, problemas na recontagem e colocará em risco a segurança do sistema e o sigilo do voto. “O voto impresso não é mecanismo de auditoria do voto eletrônico pela singela razão de que o voto impresso é menos seguro do que o voto eletrônico. Você não cria um objeto de auditoria menos seguro do que o objeto que está sendo auditado”, completou.
Nas últimas semanas o presidente do TSE tem sido alvo de ataques tanto da base governista quanto do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), por defender o uso de urnas eletrônicas no processo eleitoral.
Durante conversa com apoiadores na manhã desta quinta-feira (29), Bolsonaro disse que Barroso é contra a democracia por ser contra o voto impresso. “Qual o poder de convencimento do senhor Barroso? Eles não querem o voto democrático, eles são contra a democracia”.