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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Capitais

Dicas para empresas que desejam abrir capital em 2021

Ferramentas tecnológicas podem auxiliar empresas a realizarem IPO, segundo especialista em planejamento financeiro

Postado em 31 de julho de 2021 por Carlos Nathan Sampaio
Dicas para empresas que desejam abrir capital em 2021
Ferramentas tecnológicas podem auxiliar empresas a realizarem IPO

A expectativa para 2021 é que cerca de 100 empresas brasileiras realizem IPO, sigla para “initial public offering”, ou “oferta pública inicial”, até o fim do ano, um recorde. Só no primeiro semestre, foram 28 ofertas públicas de ações no país, o mesmo que em 2020 inteiro. Atualmente, há mais de 30 empresas ainda aguardando na fila da B3, a bolsa de valores brasileira. E a visão dos especialistas é positiva para os próximos meses.

Com a grande quantidade de empresas brasileiras aproveitando esse caminho para captar recursos, ter um negócio robusto e em ascensão não é suficiente. Para um IPO de sucesso é preciso que a gestão financeira esteja em dia e funcionando de forma excepcional.

“É importante que as empresas transformem seus números em resultados positivos para o mercado, para as pessoas e para toda a economia”, diz Goldwasser Neto, cofundador do Accountfy, plataforma SaaS de gestão robusta e inteligente de performance corporativa. “Por isso, é importante investir em uma ferramenta que analise e apresente os resultados para os investidores da maneira mais transparente possível.”

Para se preparar para um evento como esse, o executivo lista alguns pontos de atenção para as empresas que querem abrir capitais:

Consistência e confiabilidade dos números

Primeiro, é importante se assegurar de que as informações corretas estão sendo apresentadas. Uma forma de fazer isso com segurança e confiabilidade é investir em uma ferramenta de gestão e controle de dados. Isso ajuda a eliminar planilhas e inserções manuais. “Consolidar os números dentro de uma plataforma de gestão, assegura a padronização e comparabilidade das divulgações financeiras, possibilitando consistência, o que é primordial para o processo de referência cruzada”, afirma Neto.

Estruturas gerenciais

Ao entrar na fila da B3, é importante ter uma análise minuciosa da saúde da empresa. A área financeira deve analisar os planos de contas e organizar suas estruturas gerenciais de acordo com o modelo de negócio, tornando viável a estruturação das Demonstrações Financeiras em conformidade com normas e requerimentos.

Demonstrações financeiras

Esses documentos precisam sempre estar em dia, atualizados e com os números corretos, oferecendo transparência e mantendo a governança da empresa. Uma plataforma de gestão corporativa permite a visualização e edição das principais demonstrações como balanço patrimonial, DRE, DMPL e outras.

Consolidação

A consolidação é fundamental para grupos que buscam injeção de capital – como no caso do IPO – e para a manutenção da Governança Corporativa. Na prática, ela também facilita a visualização da saúde financeira das empresas, tanto agrupadas quanto analisadas isoladamente. O uso de uma plataforma de gestão de performance permite que a consolidação seja feita com mais rapidez, com rastreabilidade dos números e permitindo uma visão mais clara das informações.

Modelagem financeira e reportes

Por fim, não basta acompanhar a situação financeira da empresa, um papel relevante do gestor é prever diferentes conjunturas para se planejar e conseguir reagir rapidamente às novidades, isso é possível com a modelagem financeira. Já os reportes e painéis de análises de dados dão suporte à área de relacionamento com investidores, dando visibilidade do desempenho e das decisões tomadas pela empresa.

Desistência

Apesar disso, ao menos 55 empresas da área de saúde desistiram de suas IPOs. Segundo consta no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o número, no entanto, inclui empresas que desistiram da oferta via CVM 400, (que dispõe sobre as ofertas públicas em geral), mas acabaram emplacando IPO com esforços restritos, via Instrução 476 (que versa sobre ofertas restritas, feitas apenas para investidores profissionais convidados).

Com as desistências e as muitas empresas que conseguiram emplacar seus IPOs nas últimas semanas, a fila de companhias com prospecto preliminar protocolado, que já chegou a mais de 40 empresas este ano, agora está com apenas 22.

Em Goiás

A gigante do frango de Goiás, o grupo industrial São Salvador Alimentos (SSA), dona da marca SuperFrango, é uma das que vai retomar sua IPO no fim do ano, apurou o jornal Estadão. A oferta, estimada para girar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, estava planejada para a primeira metade do ano, mas a companhia resolveu esperar para buscar melhor entendimento dos investidores em relação ao valor da empresa.

A transação vem em um momento em que o brasileiro aumentou o consumo de frango na pandemia por causa da alta no preço da carne bovina. Em 2020, cada brasileiro consumiu 45 quilos de carne de frango, 2,5 kg a mais do que em 2019, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal.

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