Artista goiano fala sobre série de obras que conquistou destaque internacional
Série Singularidades alcançou milhões de pessoas na internet e impactou positivamente pela mensagem que carrega
O artista goiano Hal Wildson, de 29 anos, acaba de comemorar mais uma conquista. Após ter seu trabalho indicado pelo perfil da Bienal no Instagram – uma exposição de artes que ocorre a cada dois anos na cidade de São Paulo, desde 1951, e é considerada um dos três principais eventos do circuito artístico internacional – sua última série de obras, nomeada Singularidades, alcançou patamares internacionais, além de chamar a atenção de milhões de internautas e nomes importantes do cenário artístico. O acervo, feito por meio de Datilograma (digitais do artista) atravessada por fotomontagens e digigravuras, misturam arquivos e documentos fotográficos nacionais com recortes autorais.
Para Hal, as obras buscam intrigar o espectador para que ele se pergunte “o que nos determina como povo? Nosso ‘documento de existência’ é um CPF, um RG ou uma Impressão Digital? O que nos identifica são as nossas diferenças?”. “A nossa impressão digital está em destaque nos documentos pessoais e nos serve como um carimbo singular da nossa existência na sociedade, a digital carrega característica únicas da nossa singularidade e é utilizada como documento de identificação”, completa ele.
O artista ainda busca por revelar qual a “nossa” marca como “povo brasileiro”. “São essas questões que alicerçam essa pesquisa, os signos da memória e identidade se cruzam na medida em que se complementam e se constroem, nesse trabalho é possível ver a construção imagética dessa ponte simbólica. Não existe identidade sem memória, o brasileiro é fruto de sua memória e o povo é a ‘impressão digital’ de seu país. O que nos determina como Brasil é o povo Brasileiro, nossas singularidades são múltiplas, somos um Brasil feito de ‘Brasis'”, concluiu.
Atualmente a série está exposta na Galeria Movimento, do Rio de Janeiro, e é composta por 8 obras. Confira: