Saúde mental: “precisamos de limites e aprender que não damos conta de tudo”, diz psicólogo
A ginasta Simone Biles, uma das melhores do mundo, dividiu opiniões nesta semana quando desistiu de disputar uma modalidade em função de preservar sua saúde mental
Umas das melhores ginastas dos últimos tempos, Simone Biles, chegou a Tóquio sendo protagonista das Olimpíadas 2020. Porém, trazendo a importância de se falar sobre saúde mental a atleta não disputou a final individual da modalidade, que aconteceu na última quinta-feira (29/30). A própria federação da atleta admitiu que ela está lutando para se manter forte.
“Após uma avaliação médica adicional, Simone Biles retirou-se da competição individual geral final. Apoiamos de todo o coração a decisão de Simone e aplaudimos sua bravura em priorizar seu bem-estar. Sua coragem mostra, mais uma vez, porque ela é um modelo para tantos”, disse o comunicado publicado no twitter.
O desabado da atleta trouxe uma discussão sobre os cuidados com a saúde mental. Até que ponto a pressão é válida? O psicólogo Lino Andrade, explica que diante de diferentes pressões, existe a importância de dizer não em algumas situações, pois a atitude de Simone Biles, que não deixou de ser menos importante no evento mundial, é um caminho muito importante para o amor-próprio, autocuidado e autoconhecimento.
Simone ainda voltou a dizer que optou pela sua saúde mental e física e que não desistiu: ”Para quem diz que eu desisti, eu não desisti. Minha mente e corpo simplesmente estão fora de sincronia. Não acho que vocês entendem quão perigoso isso é nas superfícies de competições duras. Eu não preciso explicar porque coloquei a saúde em primeiro lugar”, declarou.