Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar na manhã desta sexta-feira (06/08) das pretensões de reduzir a zero o imposto federal sobre o óleo diesel a partir de 2022, em vídeo gravado na saída do Palácio da Alvorada em conversa com apoiadores, a pedido de um deles. Após um período marcado por atritos entre o chefe do Executivo e integrantes do Judiciário em torno do voto impresso, Bolsonaro deixou a pauta política de lado e direcionou aos caminhoneiros a fala sobre a questão do combustível, outro tema recorrente nas declarações do presidente.

“Sabemos que o combustível está em um preço, no meu entender, caro. Temos que buscar maneiras de reduzir o máximo possível. Eu não gosto de falar em promessas, mas eu gostaria de zerar o imposto federal do diesel a partir do ano que vem. Não posso garantir que será feito, digo, não é uma promessa, é um estudo”, disse a representantes da categoria presentes na ocasião.

O vídeo, publicado por um canal bolsonarista na internet, mostra ainda uma outra fala do presidente, gravada na manhã de quarta-feira (04/08), quando Bolsonaro disse que a equipe econômica encontrou um meio de substituir a arrecadação perdida com eventual retirada dos tributos sobre o diesel. “Tem que ter uma fonte alternativa para compensar. Acho que ontem apareceu uma luz para a gente zerar a partir de janeiro do ano que vem. Não vou garantir”, declarou o presidente.

No vídeo, Bolsonaro também elogiou os caminhoneiros, destacando a importância da categoria, e voltou a responsabilizar governos estaduais pelo elevado valor dos combustíveis, cujo aumento, segundo ele, se deve à cobrança do ICMS aos preços dos fretes e às margens de lucro dos postos. “Quando a gente reduz (o preço do combustível) na refinaria, na bomba não diminui”, argumentou.

Os apoiadores presentes no momento em que o vídeo foi gravado defenderam o presidente, afirmando que não cabe a ele a responsabilidade pelo alto preço do diesel. Bolsonaro aproveitou para estender a crítica aos governadores pela elevação do gás de cozinha com base nas mesmas justificativas dadas para a subida no valor dos combustíveis.