O desafio e a jornada de assumir responsabilidades sociais diante da pressão interna
Confira o artigo, desta segunda-feira (09/08), por Lucas Prado
As marcas que procuram propósitos seguem em constante crescimento entre as empresas desde 2020, principalmente pela ascensão do termo ESG, que une necessidades ambientais, sociais e governamentais. De acordo com a pesquisa realizada pelo Social Sprout , 70% dos consumidores sentem que as marcas precisam se posicionar em questões sociais e políticas.
O primeiro grande desafio neste momento é propor a transformação dentro das empresas, visto que não é novidade para ninguém que as organizações seguirão sendo guiadas por pressão política, expectativas de investidores e a demanda dos consumidores. Essa realidade é desafiada com a metodologia própria da agência de publicidade e marketing, denominada de ‘Estratégia do Futuro’ (Future Strategy), que tem como objetivo auxiliar grandes corporações a acelerarem esse processo dentro de suas capacidades atuais, guiando-as para encontrar um propósito diretamente ligado ao coração da marca e ao modelo de negócio. Já o segundo grande desafio é encontrar o propósito de cada organização e deixar que esses objetivos as guiem.
A Estratégia do Futuro nasce para apoiar as marcas a realizarem essa transformação, principalmente quando a liderança das empresas começa a ser questionada sobre o quão crítico é o ESG para cada modelo de transações, como fazer um movimento sustentável estratégico, além de como construir vantagem competitiva em cima de um propósito. Pensando na solução destes questionamentos, é necessário apoiar e desenvolver a cultura organizacional que as companhias precisam adicionar para terem sucesso em seus negócios.
Para isso, a metodologia contempla três áreas. São elas: o combate à emergência climática – com esgotamento de recursos, emissões de gases do efeito estufa, resíduos e poluição -. Segundo a pesquisa realizada pela Futerra em 2018, 88% dos consumidores querem marcas que os ajudem a ser mais sustentáveis, e aquelas que se adaptam têm um aumento de 18% no ROI.
A segunda área é a dos direitos humanos, protegendo as normas trabalhistas na cadeia de suprimentos e no local de trabalho, além de investir em comunidades locais e obtenção de licença para operar. De acordo com o levantamento da Unilever de 2017, 75% do crescimento da Unilever vem de suas marcas sustentáveis.
Já a última área é sobre políticas corporativas, transparência, anticorrupção e relatórios de práticas contábeis. Segundo a HBS, 60% dos clientes se voltaram para marcas que tinham certeza que eles poderiam confiar durante a pandemia.
Dentro dessas três áreas nasce um propósito, considerado uma motivação, que é o coração da marca. De acordo com a pesquisa da Nielsen, as empresas com compromisso comprovado com o propósito social superam os concorrentes em até quatro vezes.
É inevitável que marcas que não se movimentarem serão esquecidas. Como um braço estratégico, é necessário apoiar os seus parceiros a se manterem relevantes por uma nova proposta de valor e modelo de negócio, em um processo desafiador e realista.