O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), desistiu, por ora, de pedir o impeachment do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso. Na última sexta-feira (20/08), Bolsonaro enviou ao Senado um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou em entrevista que estava preparando também o pedido de Barroso. As informações são do jornal O Globo.

O presidente vinha sendo aconselhado por assessores a voltar atrás na decisão de pedir a cassação do presidente do TSE para, desta forma, evitar elevar ainda mais a crise institucional entre o Executivo e Judiciário.

O ministro, além de integrar o STF, é presidente do TSE. Após ouvir ponderações de ministros palacianos como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), o presidente informou à sua equipe mais próxima que desistiu do segundo pedido.

Diante da crise institucional, a realização de uma reunião entre os chefes dos Três Poderes voltou a ser discutida em Brasília. O encontro que chegou a ser planejada, mas foi cancelada pelo presidente do STF, Luiz Fux, depois que o Bolsonaro subiu o tom de seus ataques ao Judiciário.

Em conversas com outros chefes de Poderes, Fux avaliou que, neste momento, não há clima para a marcação desta reunião. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), concorda com a posição do presidente do STF.

Segundo eles, é preciso que, antes, Bolsonaro dê sinalizações concretas de que está mesmo disposto a se reunir com outros chefes de Poderes e negociar uma trégua. A desistência do pedido de impeachment contra Barroso seria o primeiro passo.