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sexta-feira, 4 de outubro de 2024
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Tóquio 2020

Nos Jogos Paralímpicos, Brasil conquista seis medalhas na madrugada de sábado (28)

Brasil soma agora 23 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com seis ouros, cinco pratas e 12 bronzes. E está na oitava colocação no quadro de medalhas.

Postado em 28 de agosto de 2021 por admin
Nos Jogos Paralímpicos
Brasil soma agora 23 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

O quarto dia dos Jogos Paralímpicos de Tóquio trouxe ao Brasil as primeiras medalhas nas modalidades do judô e tênis de mesa, além de novos pódios no atletismo e na natação. No total, foram seis medalhas para o país neste sábado (28/08). 

No atletismo, Cícero Valdiran Lins Nobre foi bronze no lançamento de dardo, na classe F57. Thalita Simplício conquistou a prata, nos 400m da classe T11. Já Julyana da Silva ficou com o bronze no lançamento de disco, na classe F57. Cátia Oliveira faturou o bronze pela classe 2 do tênis de mesa. Lúcia Araújo foi bronze na categoria até 57 kg do judô. E, por fim, o bronze na natação, na prova do revezamento misto 4x100m (da classe S14). 

O Brasil soma agora 23 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com seis ouros, cinco pratas e 12 bronzes. E está na oitava colocação no quadro de medalhas. A China lidera com 26 ouros e soma 69 medalhas. Em seguida aparece a Grã-Bretanha que soma 43 medalhas, sendo 16 de ouro. Em terceiro lugar está o Comitê Paralímpico Russo, com 13 medalhas de ouro, e um total de 40 medalhas.

E o Brasil segue em busca de sua 100ª medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. Com as conquistas do quarto dia de competições em Tóquio, o país segue com 93, faltando sete para a marca. Ainda são 117 de prata e 114 de bronze. Vale ressaltar que o país está entre as 20 nações que mais medalharam em toda a história do megaevento paradesportivo.

Atletismo

Cícero Valdiran Lins Nobre chegou para a prova do lançamento de dardo como um dos favoritos. O paraibano da cidade de Aguiar mostrou força, chegou a bater o recorde paralímpico com a marca de 48.93, mas foi superado por Hamed Heidari, do Azerbaijão, que fez 51.42 (novo recorde mundial) e pelo iraniano Amanolah Papi (49,56).

Aos 29 anos, Cícero tem má-formação congênita bilateral nos pés. Em 2011, foi abordado na rua por uma pessoa com deficiência, que o convidou para conhecer o paradesporto. O atleta iniciou na natação e migrou para o atletismo em 2013.

Em 2015, após dois anos na classe F43, onde os lançamentos são feitos em pé, Cícero foi para a classe F57, passando a lançar o dardo sentado em uma plataforma. Isso lhe deu a oportunidade de disputar as Paralimpíadas do Rio, em 2016, conquistando o quarto lugar.

Entre as suas principais conquistas está a medalha de ouro no lançamento de dardo no Mundial Dubai, em 2019. No mesmo ano, o atleta também subiu no lugar mais alto do pódio nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru.

A potiguar Thalita Simplício ficou com a prata nos 400m da classe T11.  A atleta, campeã mundial em Dubai, em 2019, fechou a final com o tempo de 56s80, fazendo o seu melhor tempo na carreira. Ela chegou 55 centésimos atrás da chinesa Cuiqing Liu (56s25), que bateu o recorde paralímpico. A colombiana Angie Pabon completou o pódio ao cruzar a linha de chegada em 57s46.

Thalita nasceu com glaucoma. Ela teve baixa visão, mas, aos 12 anos, tornou-se totalmente cega. A atleta sempre praticou esportes: natação, karatê e goalball. Começou no atletismo aos 15 em um projeto do CPB. “Fizemos três tiros de 400 m em 24h. Demos o nosso melhor na pista”, disse Thalita ao fim da prova. Esta foi a segunda medalha da potiguar em Jogos Paralímpicos – ela também foi prata nos Jogos Rio 2016 (revezamento 4x100m). 

Já a carioca Julyana da Silva conquistou o bronze no lançamento de disco na classe F57, arremessando a 30m49. Na mesma prova, Tuany Siqueira ficou na 11ª posição (21m30). “Prestei bastante atenção nas outras atletas. De 12 competidoras, eu fui a nona arremessar. Isso para mim foi bom. Pude ver como era a técnica [do arremesso] das outras atletas e saber como deveria atuar. É um sentimento bem confortante. Somos atletas e trabalhamos com meta e objetivo. Agora vou descansar porque depois tem mais [disputa no arremesso de peso]”, avaliou Julyana.

Nos 1.500m rasos T11, prova que abriu a sessão da manhã no Brasil, noite em Tóquio, a brasileira Edneusa Santos terminou na nona colocação, com o tempo de 5min02s84. A etíope Tigist Gezahagn Menigstu venceu e faturou o ouro (4min23s24). Liza Corso, dos EUA (4min30s67), e Somaya Bousaid (4min31s78), da Tunísia, conquistaram prata e bronze respectivamente.

Na final dos 400m, da classe T47, a brasileira Fernanda Yara terminou na sexta colocação, com o tempo de 1min00s05. O Ouro foi para a sul-africana Anrune Weyers (56s05), a prata ficou com a venezuelana Lisbeli Marina Andrade (57s32) e o bronze com Anastasiia Soloveva (57s59), do Comitê Paralímpico Russo.

Tênis de mesa

Bruna Alexandre, número 4 do ranking mundial da classe 10, está na final do tênis de mesa. A classificação veio após a catarinense vencer Shiau Wen Tien, do Taipei, por 3 sets a 1 (14/12, 6/11, 12/10 e 11/7). Agora, ela enfrenta, na grande decisão, a australiana Qian Yang, na próxima segunda-feira (30), às 6h45 (horário de Brasília).

A comemoração dessa vaga na final foi marcada por muita emoção. Após marcar o último ponto, Bruna Alexandre não se segurou, pulou nas arquibancadas e foi abraçada por toda a delegação do tênis de mesa do Brasil. “Essa conquista não é só minha. É de todo mundo que me ajudou a chegar até aqui”, disse Bruna Alexandre. “Agora é descansar e chegar preparada para essa final. E isso eu estou, perdi uns 20 quilos nos últimos nove meses e estou no meu melhor físico”, comentou a atleta, de 26 anos

Já Cátia Oliveira faturou a medalha de bronze pela classe 2. A paulista foi superada pela sul-coreana Seo Su Yeon, atual campeã mundial e vice-campeã paralímpica, por 3 sets a 1 (11/7, 8/11, 5/11 e 9/11) pelas semifinais da competição e assegurou, de maneira direta, mais uma medalha para o país. 

“Eu tentei levar este ouro para o Brasil, mas estou muito feliz com o bronze. Em nenhum momento, fiquei com medo de perder. Vim para Tóquio e representei o meu país. Esta medalha é de todos”, comemorou Cátia Oliveira. 

Natação

E o Brasil não poderia terminar o quarto dia de competições sem medalhas na natação. Justamente na última prova do dia, o revezamento misto 4x100m, da classe S14 (deficiência intelectual), o país conquistou o bronze ao terminar na quarta colocação (3min51s23), mas herdar o terceiro lugar após a desclassificação do Comitê Paralímpico Russo. O time verde e amarelo contou com os nadadores Ana Karolina Soares, Debora Carneiro, Felipe Vila Real e Gabriel Bandeira. O ouro ficou com a Grã-Bretanha (3min40s63) e a prata com a Austrália (3min46s38).

O ponto alto dessa prova ficou por conta de Gabriel Bandeira. Dono de duas medalhas em Tóquio, o paulista começou bem a disputa e completou os primeiros 100 metros na primeira colocação, com direito inclusive à quebra do recorde mundial durante a sua passagem ao cravar 51s11. A marca anterior era de 51s52 do britânico Reece Dunn. “A ficha (do recorde) ainda não caiu. A prova foi muito boa, doeu bastante, mais até que os 200m livre, mas todo mundo deu o seu melhor”, comemorou Gabriel Bandeira.

Essa foi a décima medalha da natação para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 (dois ouros, duas pratas e seis bronzes).

O primeiro atleta a cair na piscina do Centro Aquático de Tóquio foi Phelipe Rodrigues, na final dos 100m livre da classe S10 masculino. O pernambucano cravou 52s04 e acabou na quarta colocação da prova. O ouro foi de Maksym Krypak, da Ucrânia, com o tempo de 50s64. A prata ficou com o australiano Rowan Crothers (51s37) e o bronze acabou com Stefano Raimondi, da Itália, ao fazer 51s45.

Na final dos 150m medley da classe S4 feminino, a gaúcha Susana Schnarndorf terminou na oitava colocação, com o tempo de 3min11s54. A medalha de ouro ficou com Yu Liu, da China, ao marcar 2min41s91. A prata foi da também chinesa, Yanfei Zhou (2min47s41), e o bronze acabou com a atleta do Comitê Paralímpico Russo, Natalia Butkova (2min53a25).

Na final dos 100m peito da classe SB5 masculino, o gaúcho Roberto Alcalde cravou 1min36s75 e ficou na sétima colocação. Andrei Granichka, do Comitê Paralímpico Russo, conquistou o bi e ainda bateu o recorde mundial da prova ao fazer o tempo de 1min25s13. A prata ficou com o espanhol Antoni Bertran (1min26s53) e o bronze foi para o chinês Junsheng Li (1min29s01). 

Bocha

A bocha fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Destaque para o duelo entre os irmãos brasileiros Eliseu e Marcelo dos Santos. Melhor para Eliseu, que venceu o confronto familiar no desempate. Outro resultado relevante foi a vitória por 11 a 0 de Maciel Santos – campeão paralímpico em Londres 2012 – contra o sul-coreano Yongjin Lee. A porta-bandeira da delegação brasileira na atual edição dos Jogos, Evelyn dos Santos, encarou a sueca Maria Bjurstrom e venceu por 4 a 2.

Ao todo, contando a partida entre os compatriotas, o país foi representado em dez jogos: foram quatro vitórias, sendo que uma já era garantida, pois a partida só envolvia atletas do Brasil, e seis derrotas. 

Vôlei sentado

A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado também fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O time verde e amarelo venceu a China por 3 sets a 1, com parciais de 28/26, 26/28, 25/19 e 25/13. Em um duelo equilibrado, os brasileiros começaram com força e venceram o primeiro set, por 28 a 26. Os chineses equilibraram as coisas e deixaram a partida empatada ao fechar o segundo set pelo mesmo placar. O Brasil se reequilibrou no jogo e venceu o terceiro set por 25 a 19. O time colocou números finais ao duelo com um 25 a 13 no quarto set.

Os brasileiros voltam à quadra na próxima segunda-feira, às 20h30 (horário de Brasília), quando enfrentam a seleção do Irã.

O time feminino, por sua vez, já estreou nos Jogos de Tóquio. A equipe do técnico José Guedes iniciou sua jornada com vitória, por 3 sets a 2, diante das canadenses na manhã da sexta-feira, 27. A próxima partida das meninas será no domingo, 29 contra as japonesas às 8h30 (horário de Brasília).

As semifinais do vôlei sentado estão marcadas para os dias 2 e 3 de setembro para as equipes femininas e masculinas, respectivamente. Já as disputas do bronze e a final masculina estão marcadas para o dia 4. A final do feminino será no dia 5 de setembro, último dia dos Jogos de Tóquio 2020.

Nos Jogos Rio 2016, a Seleção feminina conquistou a medalha de bronze. Já a masculina brigará na capital japonesa pela primeira medalha paralímpica.

Goalball

A Seleção Brasileira feminina de goalball enfrentou a Turquia, atual campeã paralímpica, e acabou derrotada por 8 a 4, no Makuhari Messe Hall, em Tóquio. Elas encerram os duelos da fase de grupos e decidem a classificação neste domingo (29), às 22h30 (horário de Brasília), diante das egípcias.

Na segunda partida pelos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a equipe brasileira arrancou um empate contra o Japão em 4 a 4, no Makuhari Messe Hall. Foi o primeiro ponto conquistado no torneio. Na estreia, a equipe perdeu para as norte-americanas por 6 a 4.

Já a próxima partida da Seleção masculina será neste sábado contra o Japão, às 21h (horário de Brasília). Esse será o último confronto da fase de grupos. No terceiro jogo, a equipe venceu a Argélia de virada por 10 a 4.

O Brasil teve uma estreia arrasadora em Tóquio. Atual bicampeão mundial da modalidade, o time verde e amarelo goleou a Lituânia, campeã paralímpica nos Jogos do Rio 2016, por 11 a 2. Em seguida, o Brasil sofreu um duro golpe. No encontro entre duas seleções medalhistas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o time verde e amarelo, bronze em casa, acabou derrotado para os Estados Unidos, prata na última edição, por 8 a 6.

As semifinais do goalball serão na quinta-feira (02/09) e as disputas por medalha no dia 3.

Judô

E saiu a primeira medalha do judô brasileiro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Lúcia Araújo conquistou o bronze ao vencer, por ippon, a russa Natalia Ovchinnikova, na categoria até 57 kg. A paulistana já tinha conquistado duas pratas na carreira: em Londres 2012 e no Rio 2016.

“É sempre uma emoção. Vim preparada para ser campeã, mas como perdi a disputa da prata, não me via voltando para casa sem nada. Então esse bronze vale ouro. É fruto de todo um trabalho, uma preparação”, afirmou Lúcia Araújo, logo após o combate.

Na sua primeira luta desta edição, a judoca de 40 anos venceu a argentina Laura González, por ippon. Depois, também por ippon, ela acabou eliminada da disputa pelo ouro por Parvina Samandarova, do Uzbequistão.

No masculino, Harlley Arruda ficou de fora da disputa por medalhas na categoria até 81 kg, após ser derrotado pelo britânico Daniel Powell na primeira luta, por ippon.

Esgrima em cadeira de rodas

Os quatro esgrimistas que representam o Brasil na capital japonesa estiveram em ação nesta sexta-feira, 27, nas disputas do florete. Desta vez, não houve medalhas, mas vale lembrar que o gaúcho Jovane Guissone, de 38 anos, já faturou a prata na espada B (para atletas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio), no segundo dia dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. 

Tiro com arco 

Após finalizar a fase de ranqueamento com o 29º lugar no geral, o paranaense Andrey de Castro, do arco composto, foi derrotado pelo sul-africano Philip Coates-Palgrave por 142 a 135 e acabou eliminado dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. 

Entre as duplas, Rejane da Silva e Hélcio Perilo acabaram eliminados nas quartas de final da competição pelos tchecos Sarka Musilova e David Drahonisnky após perderem por 131 a 126 na disputa por equipes do tiro com arco W1, formada por atletas com comprometimento em todos os quatro membros e que usam cadeira de rodas.

Rejane da Silva volta a competir na terça-feira (31), às 6h21 (horário de Brasília), contra Victor Rumary, da Grã-Bretanha, no individual. Hélcio Perilo fará sua estreia no solo contra o sul-africano Shaun Anderson na segunda-feira (30), às 6h04 (também horário de Brasília). 

Remo

No segundo dia de provas do remo nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Claudia Santos conquistou mais uma vaga para o país nas Finais A. Na prova de repescagem do Single Skiff Feminino PR1 (W1x PR1), a atleta ficou com a segunda posição, avançou e segue na busca por uma medalha.

Na repescagem do Double Skiff Misto PR2, o barco brasileiro formado por Josiane Lima e Michel Pessanha chegou na terceira colocação. Com este resultado, o Brasil vai para a Final B. Apenas os dois primeiros barcos se classificavam para a Final A.

Na última repescagem do dia em Tóquio, Quatro Com Misto PR3, o Brasil ficou com a terceira posição e também avançou para a Final B. O barco foi formado pelos atletas Ana Paula Souza, Diana Barcelos, Valdeni Junior, Jairo Klug, além do timoneiro Jucelino Silva. 

As provas finais acontecem neste sábado a partir das 21h30 (horário de Brasília).

Halterofilismo

O paraibano Ailton de Souza, da categoria até 80kg, foi o único brasileiro nas disputas do halterofilismo neste quarto dia de competições. O atleta terminou na oitava colocação, entre nove competidores, ao erguer 182kg. O ouro ficou com o iraniano Roohallah Rostami (234kg), a prata foi para o chinês Xiaofei Gu (215kg) e o bronze ficou com o egípcio Mohamed Elelfat (212kg).

O halterofilista brasileiro sofreu de paralisia infantil no momento de seu nascimento, após um erro médico e a aplicação de benzetacil no nervo ciático, que atrofiou sua perna esquerda. Conheceu o halterofilismo por um amigo, que já estava na modalidade e o convidou para fazer uma visita onde treinava. 

A paulista Mariana D’andrea (até 73kg) fará sua estreia nos Jogos Paralímpicos na madrugada deste domingo, 29. Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 são um marco mundial para a modalidade, pois, pela primeira vez, o número por gênero de atletas participantes é equiparado, 90 cada.

Triatlo

O representante brasileiro no triatlo neste quarto dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio foi Jorge Luis Fonseca. O catarinense terminou a prova da classe PTS4, para atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral andantes, em 1h07min57s, na sétima posição. 

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