Goiás bate recorde de abertura de empresas neste ano
O Estado de Goiás bateu recordes no número de empresas abertas no acumulado de janeiro a agosto deste ano. Já o saldo de agosto foi o maior dos últimos cinco anos. Os dados são do levantamento da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg). Segundo a Juceg, de janeiro a agosto foram registradas 23.270 novas […]
O Estado de Goiás bateu recordes no número de empresas abertas no acumulado de janeiro a agosto deste ano. Já o saldo de agosto foi o maior dos últimos cinco anos. Os dados são do levantamento da Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg).
Segundo a Juceg, de janeiro a agosto foram registradas 23.270 novas empresas em Goiás, o que corresponde a 6.721 CNPJs a mais na comparação ao mesmo período do ano passado, que somou, no mesmo período, 16.549 novas empresas.
O estudo mostra que dos novos CNPJs, 766 têm capital social – isto é, o valor investido por cada sócio – que supera a marca de R$ 500 mil. Outro dado referente às empresas consolidadas nos oito meses é que 38,51% têm mulheres em seus quadros societários, o que equivale a 9.008 empresas com chefia feminina.
Já por localidade, os dados revelaram que os municípios que mais atraíram empreendimentos foram Goiânia, com 281 mil empresas ativas no momento, Aparecida de Goiânia (63 mil), Anápolis (52 mil), Rio Verde (27 mil) e Valparaíso de Goiás (20 mil).
A análise por setor mostra que os serviços de escritório e de apoio administrativo registraram abertura de 288 empresas. Na sequência, estão os segmentos construção de edifícios (199), comércio varejista de roupas e acessórios (193) e de bebidas (182). Os dados não incluem os microempreendedores individuais (MEIs), que são constituídos de forma virtual por meio do portal do Microempreendedor Individual.
Burocracia
O presidente da Juceg, Euclides Barbo Siqueira, frisa que o crescimento do número de novas empresas nesse período está ligada ao empreendedorismo como alternativa em meio à pandemia. Ele destaca ainda que há incentivos do Governo de Goiás para a manutenção de novos negócios.
“Estamos colhendo os frutos do investimento feito pelo Governo do Estado na modernização e desburocratização do processo de abertura de empresas. O cidadão tem tirado proveito disso e percebe as vantagens de trabalhar com o seu próprio negócio”, comenta.
O órgão apresenta dados da Rede Nacional de Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) e da Receita Federal para salientar que no Estado a média para se criar um CNPJ é de um dia e uma hora na análise de processos.
De acordo com a Juceg, esse prazo deixa Goiás à frente dos estados do Espírito Santo (1 dia e 5 horas), Sergipe (1 dia e 7 horas) e Paraná (1 dia e 14 horas). Já a média nacional no mês de julho foi de 2 dias e 20 horas.
Até o ano passado Goiás era o último em procedimentos para se abrir uma empresa, segundo o estudo internacional apresentado pelo Doing Business. Ao todo, para criar um CNGPJ no Estado, era necessário se passar por 16 procedimentos, 21 dias e o custo de 5,1% da renda per capita. No período, a liderança era do Pará, com nove procedimentos e 11,5 dias, porém, o custo era mais alto, cerca de 6,3% da renda per capita.
“Acabamos com a burocracia na hora de abrir um negócio. Goiás está no topo do ranking quando se avalia o tempo para abertura de novos negócios, com apenas um dia e uma hora para análise de processos”, escreveu o governador Ronaldo Caiado (DEM), nas redes sociais.