Segundo dados da Polícia Federal, obtidos através da Lei de Acesso à Informação pela agência de dados Fiquem Sabendo, do início de 2017 até o final de agosto deste ano, pelo menos 12.555 armas de fogo foram roubadas, furtadas ou extraviadas de empresas de segurança privada em todo o país, podendo ter ido parar nas mãos de traficantes, milicianos, entre outras organizações criminosas.

Os documentos mostram que, só neste ano, até 24 de agosto, foram registradas 692 ocorrências deste tipo envolvendo empresas do setor de segurança privada. Quase um terço delas foram registradas pela PF no estado de São Paulo.

Apesar de alto, o número ainda é menor do que o observado no início da série histórica. Em 2017 foram 4.430 casos, e eles vêm caindo ano após ano. Em 2020, por exemplo, houve uma redução de cerca de 62% na comparação com três anos antes. No total, a média é de sete armas perdidas por dia.

A Polícia Federal aponta ainda que, atualmente, existem 3.603 empresas de segurança no Brasil. Juntas, elas detêm um arsenal de 246.511 armas de fogo, sendo que um quarto delas (59.086) estão espalhadas por São Paulo, onde o tipo mais comum de arma nas mãos das companhias de segurança é o revólver calibre .38, com 48.430 unidades, cerca de 82% do total.

A região com maior número de empresas de segurança é o sudeste, que conta com 40% do total do país. Incluindo filiais e matrizes, São Paulo conta com 912 empresas, Rio de Janeiro com 268, Paraná com 242 e Minas Gerais com 217, sendo os estados com mais empresas.

No documento, a Polícia Federal também afirmou que fiscaliza todas as empresas autorizadas ao menos uma vez por ano e que, de 2016 até 25 de agosto de 2021, houve 23.283 processos instaurados, que resultaram em algum tipo de punição. Na maioria das vezes, a punição vem na forma de pagamento de multas. Neste período, foram R$ 43,6 milhões arrecadados em multas a 17.146 empresas. Além disso, 516 companhias tiveram o alvará de funcionamento cancelados.