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sábado, 23 de novembro de 2024
Nuvem de poeira

Por que tempestades de areia como a que atingiu Ribeirão Preto podem se tornar frequentes no Brasil

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que a enorme quantidade de poeira chegou a escurecer o céu de cidade de São Paulo e Minas Gerais.

Postado em 27 de setembro de 2021 por Ícaro Gonçalves
Por que tempestades de areia como a que atingiu Ribeirão Preto podem se tornar frequentes no Brasil
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que a enorme quantidade de poeira chegou a escurecer o céu de cidade de São Paulo e Minas Gerais | Foto: Reprodução

Uma tempestade de areia que atingiu as cidades de Ribeirão Preto, Franca, Orlândia, Jardinópolis e Viradouro na tarde do último domingo (26/09) prejudicou a visibilidade nas ruas e forçou comerciantes a baixarem as portas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que a enorme quantidade de poeira chegou a escurecer o céu das cidades. A região registrou fortes tempestades após o fenômeno. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a área segue sob atenção para risco de novas chuvas intensas até às 12h desta segunda-feira (27).

O município de Planura, em Minas Gerais, também foi atingido | Vídeo: Reprodução/ Twitter

Segundo a meteorologista do Climatempo Dóris Palma, em entrevista à CNN Brasil, tempestades de areia como estas podem acontecer mais vezes. De acordo com ela, o fenômeno é comum em regiões áridas e semiáridas espalhadas pelo mundo, apesar de no Brasil não acontecer com frequência. “É algo que pode acontecer mais vezes e que não está relacionado às mudanças climáticas”, diz.

Dóris Palma explicou ainda como a combinação de fatores resultou na densa nuvem de poeira que assustou moradores.

“Estávamos passando mais de cem dias consecutivos sem chuva significativa, aquela que consegue acumular mais de 10 milímetros em 24 horas, na região de Ribeirão Preto. Por conta disso, o solo na região ficou muito seco, e o retorno da chuva no último final de semana resultou num grande choque de massas de ar quente e seco. Isso intensificou bastante as rajadas de vento pela região, que chegaram a quase 100 km/h por hora e levantaram poeira”, comenta.

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