Com o aumento no orçamento, Ipen pode voltar a produzir remédio contra câncer
Esses elementos químicos radioativos são essenciais para a medicina nuclear.
Desde o dia 20 deste mês, por falta de recursos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), a produção dos radiofármacos foi interrompida. O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse que levou a preocupação sobre os recursos do Ipen para a área econômica do governo desde junho de 2020, porém somente após o anúncio de paralisação na produção é que o governo Bolsonaro determinou o remanejamento de R$ 19 milhões para o órgão.
Esses elementos químicos radioativos são essenciais para a medicina nuclear. São usados principalmente para tratamento de câncer, em sessões de radioterapia, mas também são úteis para outras enfermidades, como doenças cardiológicas e epilepsia.
Marcos admitiu o problema durante uma reunião da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. Ele afirmou que o valor previsto pelo ministério da Economia no Orçamento deste ano poderia impactar na produção de radiofármacos usados por pacientes com câncer, como de fato ocorreu.
Em audiência pública no Senado, o ministro afirmou que o orçamento para 2021, de R$ 2,6 bilhões, é o menor da história da pasta. Pontes disse que a falta de recursos compromete pesquisas e pediu ajuda dos senadores para a liberação de mais dinheiro. Representantes do Ministério também apresentaram estudos para o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 no Brasil.