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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Oportunidades

Mercado de cannabis pode gerar expectativa de empregos no Brasil. Saiba quais

Desde 2020, indústrias farmacêuticas podem solicitar autorização à Anvisa para vender e processar derivados da substância no país

Postado em 14 de outubro de 2021 por Maria Paula Borges
Mercado de cannabis pode gerar expectativa de empregos no Brasil. Saiba quais
Desde 2020

O mercado de cannabis medicinal tem tido enorme crescimento no Brasil, sendo que desde 2020 as farmacêuticas podem solicitar autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vender nas farmácias e processar o derivado da maconha no país. Desde 2015 a agência permitia a compra online via importação da canabidiol. Expectativa é que autorização gere empregos.

De acordo com a Revista Exame, apenas a empresa paranaense Prati-Dounaduzzi recebeu o aval para comercializar o produto. Entretanto, a Anvisa possui grande demanda de solicitações para autorização da venda em espera. O processo é lento por conta das exigências e por causa da difícil importação do produto.

Segundo a empresa Clever Leaves, a autorização prevê que o setor poderia gerar 328 mil empregos para a economia brasileira quatro anos após a regulamentação. No cálculo feito pela empresa estão incluídas vagas no setor de exploração industrial do cânhamo, variação da cannabis que pode ser utilizada para fibras têxteis.

A expectativa é resultado de um exemplo norte-americano que, conforme a US Bureau of Labor Statistics, atualmente 371 mil profissionais trabalham na indústria de cannabis nos Estados Unidos. Além disso, o plantio de cânhamo já é legalizado nos EUA e há uma economia complexa de fazendas com foco na extração de substâncias medicinais, como por exemplo o canabidiol. Este possui indicações medicinais para convulsões, insônia, dores crônicas e ansiedade, sem efeitos psicoativos.

Está em tramitação na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 399/15 que autoriza o plantio por associações e empresas, além de estender a permissão para pesquisa científica. O projeto foi aprovado em junho em comissão especial, porém segue paralisado por não ter ido ao plenário.

A permissão se estenderia apenas ao uso medicinal, sem perspectiva de autorização para uso recreativo. Portanto, as oportunidades oferecidas estariam ligadas à ações medicinais, serviços auxiliares ao redor e possível permissão de plantio por empresas e associações.

O fundador da aceleradora de startups do setor The Green Hub, Marcelo Grecco, ressaltou em entrevista a revista que no país estão surgindo especializações de profissões já existentes, destacando agrônomos especializados, advogados, bioquímicos com conhecimento sobre a cannabis, médicos, farmacêuticos, enfermeiros e veterinários, desde que tenham conhecimento sobre as substâncias.

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