Governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), é alvo da PF e afastado do cargo pelo STJ
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (20/10). A ação busca desarticular uma organização criminosa suspeita de tentar impedir ou obstruir as investigações acerca de atos ilícitos da alta cúpula do governo. A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de […]
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (20/10). A ação busca desarticular uma organização criminosa suspeita de tentar impedir ou obstruir as investigações acerca de atos ilícitos da alta cúpula do governo.
A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Carlesse e no Palácio Araguaia – sede do governo estadual. Paralelamente, são realizadas duas operações. Uma para apurar suposto pagamento de vantagens indevidas ligadas ao plano de saúde dos servidores estaduais. E outra para averiguar possíveis obstruções das investigações.
As operações foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell. Também nesta quarta, o magistrado determinou o afastamento do governador do cargo por seis meses.
“Além da obtenção de novas provas, as operações buscam interromper a continuidade das ações criminosas, identificar e recuperar ativos frutos dos desvios, resguardar a aplicação da lei penal, a segurança de testemunhas e a retomada das Instituições Públicas”, informou a Corte, em comunicado.
Investigação
Os inquéritos tramitam em sigilo e há fortes indícios de pagamento de vantagens indevidas ligadas ao Plano de Saúde dos Servidores do Tocantins e para lavagem de ativos, o que aponta também para a integralização dos recursos públicos desviados aos patrimônios dos investigados.
Carlesse já foi alvo de outra operação da PF em março do ano passado, quando agentes estiveram na casa dele e na sede do governo durante a Operação Assombro. Na ocasião, era investigado se havia uma organização criminosa suspeita de desviar dinheiro público por meio da contratação de funcionários fantasmas no estado. O secretário de Segurança Pública do Tocantins, Cristiano Barbosa Sampaio, também é um dos alvos.