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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Eleições

Ao contrário do Progressistas, PSD não quer secretaria com Caiado em 2022

Partidos são alguns dos principais concorrentes na disputa pela vaga de senador na chapa caiadista

Postado em 26 de outubro de 2021 por Marcelo Mariano
Ao contrário do Progressistas
Partidos são alguns dos principais concorrentes na disputa pela vaga de senador na chapa caiadista | Foto: Reprodução

Marcada para esta terça-feira (26), a posse de Joel Sant’Anna Braga, irmão do presidente do Progressistas (PP) em Goiás, Alexandre Baldy, como secretário de Indústria, Comércio e Serviços no governo estadual inaugura mais um capítulo da corrida pelo Senado.

Ex-deputado federal e ex-ministro das Cidades, Baldy é pré-candidato a senador. Seu último cargo público foi o de secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, função da qual pediu demissão na semana passada justamente para se concentrar em sua campanha.

No início do mês, o PP aceitou fechar uma aliança com o governador Ronaldo Caiado (DEM/União Brasil), mesmo sem a garantia de que terá a vaga de senador na chapa caiadista.

Como efeito, o partido indicou o novo titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) no lugar de José Vitti, que deve concorrer a deputado estadual nas próximas eleições. Apesar de não ser dito publicamente, comenta-se, nos bastidores, que essa movimentação do PP reforça a candidatura de Baldy.

Outro pré-candidato a senador é Henrique Meirelles (PSD), ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda. Atualmente, ele é secretário da Fazenda em São Paulo, mas, diferentemente de Baldy, ainda não deixou o cargo no governo paulista.

O presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, disse à reportagem do jornal O Hoje que Meirelles provavelmente pedirá demissão “até o final do ano, depois das prévias do PSDB”, marcadas para 21 de novembro e que têm o governador de São Paulo, João Doria, como um dos candidatos. 

Em relação à aliança do PP com Caiado, o presidente estadual do PSD afirma que ela “não atrapalha” a estratégia do partido e negou que haja negociações sobre uma possível composição entre Meirelles e Baldy  por meio da vaga de suplente de senador.

Vilmar ressalta que, ao contrário do PP, o PSD não tem como objetivo comandar uma secretaria no governo estadual. “Temos apenas duas prioridades: indicar o candidato a senador e formar chapas fortes para deputado estadual e federal.”

Vale dizer que a vontade do PSD é indicar o candidato a senador na chapa caiadista. Porém, uma aliança com outro governadoriável não é descartada. Segundo Vilmar, o partido está mesmo “mais próximo de Caiado”, mas a definição só ocorrerá em 2022. 

Base

Como Caiado antecipou o acordo com o MDB, que definiu o presidente do partido em Goiás, Daniel Vilela, como seu candidato a vice-governador no ano que vem, resta a vaga de senador para negociar e, por isso, a tendência é que este seja o grande assunto durante os próximos meses.

A aliança com o MDB gerou insatisfação entre alguns nomes da base governista, como o prefeito de Catalão, Adib Elias, e o deputado federal José Nelto. Filiados ao Podemos, ambos são ex-emedebistas. Em 2018, eles brigaram com Daniel e apoiaram Caiado.

Há outros insatisfeitos que acreditam ter perdido espaço, como o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB). Sem dúvida, esse é um tema delicado com o qual Caiado precisa lidar. Por outro lado, é fato que os últimos movimentos do governador indicam uma ampliação de sua base.

Além do PP de Baldy, o MDB de Daniel já tem cargos na gestão, o que provocou alterações na estrutura do oitavo andar do Palácio das Esmeraldas, e tende a aumentar sua participação com a iminente reforma do secretariado. Embora o PSD não mire no primeiro escalão, a eventual presença do partido na chapa de Caiado também dará uma maior sustentação à base governista.

Senadoriáveis

Baldy e Meirelles não são os únicos que buscam a vaga de senador com o apoio de Caiado. Delegado Waldir (PSL/União Brasil), Zacharias Calil (DEM/União Brasil), Luiz Carlos do Carmo (MDB) e João Campos (Republicanos) seguem de olho

Desses quatro, apenas o último estaria mais inclinado a caminhar com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), que deve ser o principal candidato de oposição em 2022. (Especial para O Hoje)

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