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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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Goiânia é a segunda Capital brasileira que mais atrai migrantes

Comumente lembrada como uma cidade hospitaleira, Goiânia faz jus à fama. Isso porque, segundo dados do último Censo Demográfico realizado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia é a segunda Capital que mais atrai migrantes no Brasil, ficando atrás somente da vizinha e Capital Federal, Brasília. De acordo com o IBGE, […]

Postado em 2 de novembro de 2021 por Maiara Dal Bosco
Goiânia é a segunda Capital brasileira que mais atrai migrantes
Município ficou somente atrás de Brasília no quesito

Comumente lembrada como uma cidade hospitaleira, Goiânia faz jus à fama. Isso porque, segundo dados do último Censo Demográfico realizado no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia é a segunda Capital que mais atrai migrantes no Brasil, ficando atrás somente da vizinha e Capital Federal, Brasília. De acordo com o IBGE, os fluxos de migrantes estão associados principalmente às mudanças no mercado de trabalho e não são mais de pessoas com baixa qualificação.

O casal Yuri Paolini Catingueiro e Juliana Nunes Catingueiro estão em Goiânia desde 2017 e são exemplos do que aponta o IBGE. Eles deixaram a capital paulista e vieram para a capital goiana em busca de melhores oportunidades de trabalho. “Saímos de São Paulo e escolhemos Goiânia porque a família da minha esposa é daqui e em São Paulo não estavam fáceis as questões de emprego e do custo de vida, que é muito alto, então resolvemos tentar a sorte, e acabou dando muito certo”, afirma.

Yuri, que trabalha como designer gráfico, conta que, um mês após terem chegado à Goiânia, o casal já estava em novos empregos. “Goiânia tem muita oportunidade. Além disso, sentimos nosso trabalho muito valorizado aqui”, destaca. Apesar das diferenças culturais, ele conta que se adaptou muito bem à cidade e que gosta muito de viver aqui. “Gostamos muito de Goiânia. Por conta do conforto, do custo de vida. A diferença cultural é grande, mas é uma sensação legal vivenciar outros costumes”, pontua Yuri.

Já a mineira Yasmin Freitas Oliveira, é outro exemplo de quem escolheu Goiânia para morar. Natural de Uberaba, ela veio para Goiânia em 2019, quando começou a fazer faculdade, também atenta à melhores oportunidades no futuro. “Eu já conhecia Goiânia, sempre vinha para passar as férias. Já era familiarizada, por isso mudei para cá, porque aqui vejo mais oportunidades para a área que estudo”, conta.

Segundo ela, o fato de ter familiares na Capital e de a cultura goiana ser próxima à mineira, auxiliou na escolha. “Minha família por parte de pai já era daqui. Além disso, a cultura de Goiânia é bem parecida com a da minha cidade, com a do Triângulo Mineiro. Já Belo Horizonte, por exemplo, é totalmente diferente”, destaca.

Imigrantes

Além das pessoas de outros Estados que chegam à Goiânia, há ainda quem vêm de outros países para à Capital. Neste cenário, em 2020, o prefeito de Goiânia assinou o Decreto nº 1586, que dispõe sobre a criação de Grupo de Trabalho para elaborar Plano de Ação relativo aos imigrantes e refugiados na Capital. O documento considera o compromisso firmado com o Juizado da Infância e Juventude de Goiânia e com a Defensoria Pública do Estado de Goiás, no sentido de que a Prefeitura de Goiânia promoverá ações de acolhimento dos imigrantes e refugiados, sobretudo dos venezuelanos que estão em Goiânia.

Diante disso, na última terça-feira (26), a Prefeitura de Goiânia atendeu mais de 25 mulheres imigrantes venezuelanas, residentes em Goiânia e em situação de extrema pobreza, para que fossem cadastradas no programa Renda Família + Mulher. Os atendimentos foram realizados na sede da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM).  As mulheres atendidas são mães e chefes de família vivendo em situação de vulnerabilidade, que se sustentam como pedintes nas ruas da Capital. Elas deixaram o país de origem fugindo da situação de miséria em que se encontravam.

Para a Secretária da Mulher, Tatiana Lemos, acolher essas mulheres é de profunda importância. “É uma questão de sobrevivência. Essas mulheres e seus filhos estão passando fome nas ruas e não podemos ignorar a necessidade do poder público em ter um olhar generoso para essas pessoas que são nossos irmãos latino-americanos” afirmou a secretária. (Especial para O Hoje)

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