O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em depoimento à Polícia Federal (PF), afirmou que não interferiu na corporação quando houve troca do então diretor-geral, Maurício Valeixo, no ano passado, por suposta “falta de interlocução” com o governo.

O chefe do Executivo é investigado no inquérito que apura uma suposta tentativa de interferência política na polícia, que teria o intuito de blindar familiares de Bolsonaro e aliados em investigações.

O presidente foi ouvido por agentes da PF na noite dessa quarta-feira (03/11). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no mês passado deu prazo de 30 dias para que os policiais tomasse o depoimento presencialmente do presidente.

Segundo uma fonte ouvida pela TV Globo, Bolsonaro respondeu a todas as perguntas feitas pelo equipe da PF.

Investigação

O inquérito foi aberto pelo Supremo em abril do ano passado, após solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR). O órgão se baseou nas acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Na época, o ex-subordinado de Bolsonaro disse que o presidente tentou interferir em investigações da PF,e cobrou a troca do chefe da corporação no Rio de Janeiro, que era uma indicação do próprio Moro.