Valor da cesta básica no Brasil ultrapassa R$ 700 em algumas capitais; veja por estado
Pesquisa do Dieese aponta alta em outubro em 16 de 17 capitais analisadas
Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada na última sexta-feira (05/11), o valor da cesta básica voltou a subir em 16 de 17 capitais pesquisadas em outubro. De acordo com os estudos, o preço chega a passar de R$ 700, sendo a cesta mais cara a de Florianópolis, custando R$ 700,69, seguida por São Paulo, R$ 693,79, Porto Alegre, R$ 691,08, e Rio de Janeiro, R$ 673,85.
No período de um ano, o valor da cesta básica subiu em todas as capitais analisadas no levantamento. Os percentuais foram observados em Brasília, 31,65%, Campo Grande, 25,62%, Curitiba, 22,79% e Vitória, 21,37%. O preço afeta diretamente famílias de baixa renda, uma vez que, na média entre as 17 capitais, representa 58,35% do salário mínimo líquido, isto é, após o desconto da Previdência Social, de 7,5%. Em algumas capitais o valor do salário é ainda mais comprometido, podendo atingir 60%.
Se analisada a cesta mais cara do país, o Dieese estima que o salário mínimo deveria ser equivalente a R$ 5.886,50, valor correspondente a 5,35 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
De acordo com o Dieese, entre os itens que sofreram maior alta na passagem de setembro para outubro estão a batata, que as taxas oscilaram entre 15,51% em Brasília e 33,78% em Florianópolis, o pó do café, que aumentou em 10,14% em Vitória, 10,06% no Rio de Janeiro, 9,81% em Campo Grande e 9,78% em Curitiba.
Além disso, o óleo de soja, registrando alta de 3,22% em Vitória, 2,40% em Brasília, 2,16% em Campo Grande, 1,81% no Rio de Janeiro e 1,76% em São Paulo, o açúcar também registrou alta sendo os maiores crescimentos em Vitória com 3,22%, Brasília com 2,40%, Campo Grande com 2,16%, Rio de Janeiro com 1,81% e São Paulo com 1,76%.