Hélice de avião que caiu com Marília Mendonça foi encontrada com cabo entrelaçado
Especialistas afirmam que ainda não é possível saber se as falhas que provocaram o acidente ocorreram antes da colisão ou logo após.
A Polícia Civil de Minas Gerais encontrou um cabo enrolado em uma das hélices do avião bimotor que transportava a cantora Marília Mendonça, 26, de Goiânia (GO) até Caratinga (MG), onde ela faria show na sexta-feira (5/11). Marília e outras quatro pessoas que estavam na aeronave morreram na queda.
Na sexta-feira, a Cemig, companhia energética mineira, confirmou em nota que o bimotor atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia, e afirmou que a torre “está fora da zona de proteção do aeródromo de Caratinga, nos termos de portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica Brasileira”.
Apesar das evidências de que houve colisão com o cabo da torre de distribuição de energia, especialistas afirmam que ainda não é possível saber se as falhas que provocaram o acidente ocorreram antes da colisão ou logo após. “A gente só pode afirmar que esse é o cabo que se rompeu quando tiver o laudo pericial”, disse o delegado regional de Caratinga, Ivan Sales à Folha de S.Paulo.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da FAB (Força Aérea Brasileira) investiga o acidente e não informou em quanto tempo o relatório final com as conclusões das análises deve ficar pronto, já a Polícia Civil apura responsabilidades criminais pela tragédia. A etapa inclui depoimentos de testemunhas e levantamento da documentação sobre a aeronave e a empresa proprietária.
Os destroços da aeronave foram retirados do local no ultimo domingo (07/11), e os pedaços serão levados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Já os dois motores foram encaminhado para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde atua um perito especializado nesse tipo de trabalho.