A juíza Placidina Pires da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Capitais condenou 18 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa que atuava em Itaberaí, município a 100 km de Goiânia.

Eles foram acusados de praticar inúmeros crimes como tráfico de drogas, encomenda de homicídios de rivais e roubo de veículos, manuseio dos tóxicos. A soma das penas ultrapassa os 90 anos.

Dentre os condenados, estão detentos que cumprem pena na unidade prisional de Itaberaí. Segundo a denúncia, os presos conseguiam liderar os crimes da facção por meio de celulares ilegais nos presídios.

O processo revela que a organização atuava por meio de uma complexa rede articulada de tarefas. Alguns do envolvidos tinham a função denominada de “correria”. Eles atuavam na logística, comprando créditos para linhas telefônicas utilizadas por criminosos que já estavam presos.

Além disso, transportavam entorpecentes, armas e valores provenientes do tráfico e ameaçavam pessoas por meio de recados enviados pelas lideranças da organização criminosa.

Já outra parte, chamada de “liderança” adquiria as drogas diretamente dos fornecedores e eram responsáveis por negociar valores, as formas de pagamento e pela conferência de peso. Também tinham a função de fracionar os entorpecentes para a venda e o repasse aos traficantes “varejistas” de “boca de fumo” (pontos de tráfico para os usuários finais).