Após polêmicas, Bolsonaro volta a tentar justificar gastos da viagem ao Oriente Médio
Dessa vez em Doha, no Catar, presidente afirma que custos das luxuosas suítes em que ele e a comitiva estão se hospedando são responsabilidade dos governos locais
Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (17/11), o presidente Jair Bolsonaro apareceu, mais uma vez, mostrando o quarto em que está hospedado durante viagem oficial ao Oriente Médio, desta vez em Doha, capital do Catar. Ele voltou a afirmar que os custos da hospedagem são cobertos pelo governo local, representando “custo zero” para os cofres brasileiros.
“Não tenho o valor desse quarto aqui, mas os anteriores em torno de R$ 40, R$ 45 mil reais, a exemplo dos outros locais, aqui também o custo pra nós é zero. E dizer que no passado, ontem, todos 10 apartamentos da nossa comitiva ficaram por conta das autoridades locais, e aqui não é diferente. O tratamento que nos dão é excepcional”, afirmou.
Anteriormente, durante estadia em Dubai, nos Emirados Árabes, e em Manama, no Bahrein, o chefe do Executivo também gravou e compartilhou vídeos mostrando as luxuosas suítes em que está hospedado, sempre aproveitando a oportunidade para justificar que a viagem não é bancada pelo dinheiro público brasileiro.
Para a viagem que deve durar uma semana, Bolsonaro não foi sozinho. Ele está acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, pelos filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro, além da comitiva composta pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Defesa, Braga Netto, e de Relações Exteriores, Carlos França. Os secretários de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, e da Cultura, Mário Frias, também fazem parte da viagem.
Apesar de argumentar que a hospedagem é custeada pelas autoridades locais a fim de rebater as críticas sobre o exagero tanto no tamanho da comitiva quanto no nível das acomodações escolhidas, a viagem não deixa de depender dos contribuintes brasileiros. De acordo com estimativa feita pelo jornal O Globo, pelo menos R$ 3,6 milhões dos cofres públicos nacionais devem ser destinados aos gastos do Governo Federal – sem incluir o valor das diárias.