Projeto do Senado quer reduzir valores da gasolina e do gás de cozinha em quase 25%
Caso seja aprovado pelo Congresso Nacional, o valor da gasolina na bomba poderia alcançar R$ 5 e o gás de cozinha R$ 65
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal está prestes a votar um projeto que muda a política de preços da Petrobras com o objetivo de baratear os combustíveis e o gás de cozinha para os consumidores. Atualmente esses produtos (combustivel e gás) são os vilões da inflação, gerando as altas cotações do mercado internacional e do dólar.
“Nossas simulações apontam que o preço do litro da gasolina na bomba poderia alcançar valor em torno de R$ 5 e o gás de cozinha R$ 65, uma redução de 25% em relação ao valor médio atual. Ainda assim, a Petrobras manteria uma margem de lucro de 50%”, afirma
O senador Rogério Carvalho (PT-SE), autor do projeto de lei 1.472/2021, afirma que caso o texto seja aprovado, a população será beneficiada e a petrobras mantera seu lucro. “Nossas simulações apontam que o preço do litro da gasolina na bomba poderia alcançar valor em torno de R$ 5 e o gás de cozinha R$ 65, uma redução de 25% em relação ao valor médio encontrado atualmente”, aponta.
A proposta, de acordo com ele, leva em conta os preços internacionais, mas também os custos da produção interna de petróleo na formação do preço ao consumidor.”Estamos propondo um sistema de banda de preços, que estabeleça limites mínimo e máximo para os derivados, a exemplo de políticas de estabilização adotadas em países como o Chile”, afirma o senador.
Essa banda dita por ele seria sustentada por um Imposto de Exportação sobre petróleo bruto, com alíquotas progressivas em relação à cotação do barril de petróleo, o que bancaria uma subvenção temporária para que os preços não ultrapassem o limite superior da banda.
“Temos petróleo suficiente para refinar e abastecer o mercado interno e não ficar submetido a um processo deliberado de dolarização da nossa economia. A população ganha em real e tem que pagar em dólar”, avalia Carvalho. O relator da matéria na comissão, senador Jean Paul Prates (PT-RN), diz que seu relatório está pronto para apreciação.