A corrida pelos cargos de Presidente da República, Governador, Deputados e Senadores começa bem antes do primeiro e segundo turno das eleições. Em uma edição especial sobre as Eleições 2022, o jornal O Hoje realiza uma série de entrevistas com políticos do Estado de Goiás, com o objetivo de explorar suas expectativas.

Nesta edição, o entrevistado é o Deputado Federal Dr. Zacharias Calil, que é filiado ao Democratas (DEM), um partido político brasileiro de centro-direita em processo de fusão com o Partido Social Liberal. O deputado fala sobre os desafios enfrentados durante a pandemia e comenta que é incerto à qual cargo poderá se candidatar no próximo ano.

Antes de ocupar o cargo de Deputado Federal, Zacharias atuou como superintendente da secretaria de Saúde do estado de Goiás em 1987, no mesmo ano de acontecimentos do acidente radiológico, césio 137, e desenvolveu ações de apoio a pessoas que sofreram acidentes. Além disso, ele foi chefe do serviço de cirurgia pediátrica do Hospital Materno Infantil (HMI) durante dez anos, e realizou a cirurgia de separação de gêmeas esquiópagas.

Por ter alcançando pontos altos atuando como cirurgião pediátrico, em 2014 Zacharias tornou-se notícia frequente na imprensa em matérias relacionadas aos tratamentos de doenças raras, tendo principal destaque na cirurgia de separação de gêmeos siameses que realizou.

Em 2018 foi candidato a Deputado Federal pelo estado de Goiás, ao qual em seguida tomou posse. No exercício do mandato, seguiu focado na área da saúde. Diante da situação de calamidade pública, instaurada pela pandemia do novo coronavírus, propôs o projeto de lei complementar n. 696, em 2020, sobre o uso da telemedicina durante a vigência da crise sanitária.

Integrou comissões permanentes, especiais e externas, além de subcomissões. No caso das comissões permanentes, foi titular da Comissão de Seguridade Social e Família. Sobre as comissões externas, foi titular da Comissão Externa de Ações contra o Coronavírus e da Comissão Externa de Políticas para a Primeira Infância. Também integrou a Frente Parlamentar em Apoio ao Bambu e foi vice-líder do DEM.

A partir disso, veja a entrevista realizada pelo Jornal O Hoje com o Deputado Federal Dr. Zacharias Calil (DEM).

Durante o enfrentamento da pandemia, como ficaram as propostas que consideravelmente ajudaram você a alcançar o cargo de Deputado Federal?

A pandemia acabou alterando minha principal proposta que fiz na campanha, a de lutar pela construção de um hospital para suceder o Materno infantil. Cheguei a articular junto à bancada goiana a destinação de 140 milhões, já no primeiro ano, para iniciar a obra. Com a pandemia os recursos foram direcionados para combater o Coronavírus. Mesmo assim o hospital vai sair, com o compromisso do governador Ronaldo Caiado de adquirir do Ipasgo e adaptar o Hospital de campanha para se tornar o Hospital da Criança e do Adolescente de Goiás. Além disso, consegui aprovar vários projetos em regime de urgência, voltados para a área de saúde, o que acho muito difícil para um deputado de primeiro mandato.

O que o senhor pretende fazer, ou já está fazendo, para alcançar a reeleição em 2022?

Nem parei pra pensar sobre Isso ainda, o foco é trabalhar muito neste mandato. Fui eleito como o terceiro mais votado porque tinha um trabalho prestado na medicina em Goiás e no Brasil, trabalho que foi reconhecido pelo eleitor. Caso venha a ser candidato em 2022, seja a deputado ou a senador, o eleitor com certeza vai reconhecer o que faço no meu primeiro mandato.

Já existem pré-propostas que serão divulgadas aos eleitores goianos para o próximo mandato (2023 – 2026)?

Jamais cheguei a pensar nessa parte ainda, tá longe. Preciso é de cumprir bem o compromisso que fiz com os mais de 151 mil eleitores que me elegeram. Tudo ao seu tempo.

No seu caso especifico, o que levou em consideração para se tornar o Deputado Federal?

Meu slogan de campanha foi “Pela saúde da política “. Portanto, essa ideia de ética na política nunca deve envelhecer, e trabalhar com dedicação e estratégia para melhorar a vida de nossa população, visando prioritariamente os necessitados.

Quais fundamentos os eleitores goianos devem ficar atento para escolher um candidato a deputado?

Penso que eles precisam conhecer, através de fontes fidedignas, o histórico de cada candidato, a atuação dele por onde tenha passado, não acreditar em qualquer informação e ser criterioso na hora de fazer a escolha. O político tem que ser eleito pelo trabalho que tem junto a sociedade e não pelo poder econômico que tem.

Diante da polarização para a eleição presidencial em 2022, onde Lula (PT) e Bolsonaro (Sem Partido) disputam fortemente, qual o seu posicionamento?

Essa polarização não faz bem para o país, embora seja parte da democracia. Nós, políticos comprometidos com o bem do país, precisamos chegar um entendimento e escolher um nome alternativo que venha a resolver os problemas graves que afetam a vida do povo brasileiro.

Como você avalia seu mandato até o momento?

Com tanta dedicação à Câmara Federal, sequer tenho tempo de rodar o Estado, mas minhas ações em prol dos municípios não param, pois já destinei mais 100 milhões em emendas para cidades que realmente precisam. Além disso, um dos projetos mais importantes para a comunidade também incluem os ônibus escolares e moto niveladoras (patrolas), viaturas blindadas para a PRF, reforma do IML de Rio Verde, emendas para a UFG e pesquisas. No exercício do meu cargo, participo da Comissão Externa de Combate ao Coronavírus, a única comissão que funcionou na Câmara Federal em 2020. Nela buscamos saídas e formulamos grandes propostas para combater a pandemia. Portanto, avalio meu mandato como altamente produtivo.

Por fim, qual a sua visão geral do cenário das eleições em 2022?

Ainda bem obscuro, não há uma tendência clara pra onde nossa política irá seguir, mas sou otimista, iremos achar uma boa saída, pois como está não deverá ficar. É do ser humano buscar melhoras. Aqui em Goiás vejo que nosso governo vai muito bem e a união Caiado e Daniel nos permite prever a reeleição do governador com boa margem de segurança.