De acordo com um balanço feito pela Consultoria Bites, desde as primeiras denúncias por assédio moral e sexual, o vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro, ganhou mais de 245 mil novos seguidores nas redes sociais. 

Na prática, o processo contra Monteiro começou nesta terça-feira (12/04), pelo conselho de ética da Câmara de Vereadores do Rio. Além disso, o também, ex-policial militar chegou a ser expulso da corporação em 2020 por crime de deserção. No entanto, foi reintegrado à Polícia Militar, deixando a instituição para se candidatar. 

Agora, Gabriel Monteiro é acusado de estuprar funcionárias, de gravar vídeos fazendo sexo com adolescentes e beijando uma garota de 10 anos na boca. 

Antes das denúncias, o vereador era um dos políticos mais populares das redes sociais, com mais de 18 milhões de seguidores, atrás somente do presidente Jair Bolsonaro. Contra as 245.149 pessoas que passaram a acompanhá-lo, somente 9.731 deixaram de segui-lo. No Instagram, são 130 mil novos seguidores; no YouTube, 50 mil; no Facebook, 44.600 e no Twitter, 21 mil. 

Segundo diz Fernandes, da Bites, o aumento de seguidores pode ser explicado pela forma que Monteiro se apresenta nas redes sociais. “ “O que ele está fazendo é abordar o tema de frente e com bastante frequência em seu canal no YouTube. Isso talvez seja um indício de que ele está contornando as denúncias criando sua própria narrativa nas redes sociais. É possível que seus seguidores só estejam vendo seus próprios vídeos e não as denúncias”. Desde a primeira denúncia, ele já fez cinco vídeos se defendendo em seu canal.

Gabriel já era acusado de forjar os vídeos publicados no YouTube e também de gravar relações sexuais sem consentimento. Além disso, surgiram denúncias sobre orgias com menores de idade em sua mansão, na Barra (RJ).

Caso não renuncie, a expectativa é que Gabriel Monteiro tenha o mandato cassado pela Câmara dos Vereadores. Eleito pelo PSD, ele posteriormente se filiou ao PL, partido de Jair Bolsonaro. No entanto, ele também corre o risco de ser expulso da sigla e ser incapacitado de se candidatar à reeleição.

Com informações de O Globo