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sábado, 23 de novembro de 2024
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Delicioso

“Chica Doida” é reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiás; veja história e receita

A pamonha de milho é recheada com queijo, jiló, linguiça, pimenta e é gratinada no forno

Postado em 25 de abril de 2022 por Rodrigo Melo

Chica Doida, um prato típico de Goiás que teria sido criado há mais de 70 anos em Quirinópolis, 293km de Goiânia, foi reconhecido como Patrimônio Cultural e Imaterial Goiano nesta segunda-feira (25/4). A iguaria recebeu a sanção do governo de Goiás (Lei Estadual nº 21.307).

A receita ‘Chica Doida’ possui esse nome porque a criadora, Dona Petronilha teria feito essa pamonha de milho recheada com queijo, jiló, linguiça, pimenta e gratinada no forno no improviso. (veja história completa abaixo).

O projeto é de autoria do deputado Coronel Adailton (PRTB). O parlamentar destaca que o prato, preparado com o milho, se espalhou e está presente não só em Goiás, mas também em outros estados. “A ‘Chica Doida’ ficou tão popular que ganhou festival gastronômico com quatro edições realizadas pela Prefeitura de Quirinópolis, nos anos de 2008, 2010, 2012 e 2018”, frisa o legislador.

Patrimônio cultural imaterial é uma concepção que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo, de uma comunidade, preserva em homenagem à sua ancestralidade, para as gerações futuras.

História

Na proposta apresentada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Coronel Adailton relatou como a Chica Doida teria sido criada em uma fazenda perto de Quirinópolis:

Dona Petronilha Ferreira Cabral e o marido João Batista da Rocha sempre reuniam a família e os amigos numa pamonhada, na Fazenda Cachoeirinha do Rio Preto, município de Quirinópolis. Conta Dona Petronilha que em meados de 1945, numa dessas pamonhadas, a palha acabou. Na dúvida sobre o que fazer com a massa de milho que havia sobrado, recorreu ao marido, que sugeriu que ela inventasse um prato. Dessa feita, Dona Petronilha foi adicionando a massa de milho bastante cebola picada, alho amassado com sal e pimenta malagueta. A massa foi para o forno e dona Petronilha acrescentava água fervendo para ficar no ponto. Depois espetou as sobras de queijo, linguiça e jiló. Cobriu a massa com fatias de queijo e levou para dourar. Serviu o prato bem quente.

Relata Dona Petronilha que entre um gole e outro de cachaça todos saborearam e se deliciaram com o invento. “Que coisa apimentada é essa, gostosa”, queriam saber e também batizar o prato. Foi quando seu marido o Sr. João Batista disse: “É uma coisa de doido! Vai se chamar “Chica Doida”, em referência a pimenta e em homenagem a Dona Francisca, uma senhora que morava com a família e foi a responsável por acrescentar grande quantidade de pimenta malagueta à receita.

Depois que se mudou para a cidade, já com a família formada, Dona Petronilha virou referência da culinária de Quirinópolis. Passou a receita para as filhas, para as vizinhas e atualmente toda cidade aprecia o prato. Dona Petronilha, hoje com mais de 80 anos de idade, se orgulha em dizer que a Chica Doida é uma receita de sucesso e se popularizou, conquistando espaço nos cardápios de restaurantes e bares da cidade.

Receita

Saiba como fazer essa iguaria que agora é lei patrimonial, saboreado por goianos e também em outros Estados.

Ingredientes

  • 500 gramas de massa de milho verde
  • 250 gramas de manteiga
  • 250 gramas de requeijão
  • 250 gramas de mussarela
  • 250 gramas de linguiça fina de porco
  • 250 gramas de bacon
  • 250 gramas de calabresa
  • 1 maço de cebolinha verde
  • 2 milhos debulhadas
  • Pimenta do reino a gosto e molho de pimenta
  • Alho e sal a gosto

Modo de Preparo

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