Dois casos de Zika Vírus em grávidas goianas são confirmados pela Saúde
No total, são 11 casos confirmados de infecção por zika vírus em Goiás, transmitido pelo mosquito mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da Chikungunya.
Por Daniell Alves
O Estado registrou dois casos de Zika Vírus em grávidas nas cidades de Vicentinópolis e Inhumas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). A pasta faz alerta para que os casos não aumentem. A mulher de Vicentinópolis já deu à luz e deve passar por avaliação do comitê de investigação de microcefalia, para que haja um diagnóstico da criança.
Já a outra gestação segue sendo monitorada. No total, são 11 casos confirmados de infecção por zika vírus em Goiás, transmitido pelo mosquito mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da Chikungunya.
De acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim,o vírus está ativo e circulando, o que demanda cuidados dos moradores. No último ano, não houve registros de grávidas infectadas pelo zika vírus. A doença pode causar sequelas graves nos bebês, como a microcefalia, uma malformação congênita em que a cabeça dos recém-nascidos é menor do que o esperado.
A superintendente explica que a possibilidade de a criança desenvolver microcefalia é maior se a mãe foi infectada no primeiro trimestre da gravidez. “As gestantes precisam tomar cuidado, usar repelentes, se possível. No ano passado não tivemos nenhuma gestante infectada. Mas com o vírus ativo e circulando, os casos podem aumentar”, ressalta Flúvia.
Diante deste cenário, os gestores municipais devem priorizar ações de controle sanitário, como a limpeza urbana, a fiscalização de pontos estratégicos, como borracharias e ferro-velhos, visitas dos agentes de saúde aos domicílios e aplicação de fumacê nos locais específicos. “Essas rotinas têm que ser intensificadas diante do possível aumento de casos nesse período”, pontua.
Sintomas
Após a picada do mosquito, o vírus entra na pele e na corrente sanguínea. Após a replicação inicial nos fibroblastos dérmicos, se espalha pela corrente sanguínea, atingindo o fígado, músculos, articulações, baço, nódulos linfáticos e cérebro. A doença é caracterizada por febre alta – acima de 39 graus –, frequentemente acompanhada de dor nas articulações e mialgia, além de erupção cutânea, que pode variar de leve e localizada a uma erupção cutânea extensa envolvendo mais de 90% da pele.
A dor nas articulações costuma ser muito debilitante e, geralmente, dura alguns dias, mas pode se prolongar por semanas, meses ou até anos. Outros sinais e sintomas comuns incluem inchaço nas articulações, dor de cabeça, náuseas e fadiga. Ao apresentar tais sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento.
Cuidados básicos
A recomendação para evitar a contaminação pelos vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti é combater justamente o mosquito, e as ações devem começar dentro do próprio domicílio. “Os estudos feitos pelas Secretarias Municipais de Saúde demonstram que mais de 90% dos criadores se encontram nas casas. A gente tem falado muito que o vilão é o Aedes Aegypti, mas, na realidade, o próprio vilão somos nós, a partir do momento que não trabalhamos dentro dos nossos imóveis”, aponta a Secretaria de Saúde.