O trabalhador é o motor da economia
Por Zé Garrote Um dos temas mais fortes da economia nos últimos doze meses é a perda do poder de compra do consumidor brasileiro. A inflação e o desemprego afetaram diretamente a renda das famílias, o que transformou uma expectativa de retomada dos negócios em grande frustração. Esse comportamento mostra que o motor da economia […]
Por Zé Garrote
Um dos temas mais fortes da economia nos últimos doze meses é a perda do poder de compra do consumidor brasileiro. A inflação e o desemprego afetaram diretamente a renda das famílias, o que transformou uma expectativa de retomada dos negócios em grande frustração.
Esse comportamento mostra que o motor da economia é o consumidor. E quem é o consumidor? Em 90% dos casos, são trabalhadores. Quando a massa salarial reduz, temos um choque negativo na economia. Cai o consumo; derruba a produção e o emprego.
É importante observar que a indústria brasileira fechou no vermelho em sete dos últimos dez anos. O encolhimento do PIB industrial não é exatamente só o encolhimento do setor. É reflexo do empobrecimento do trabalhador – ora porque os salários estagnaram ora porque o desemprego e subemprego aumentaram.
A indústria goiana, mesmo com essa retração da última década, assumiu o posto de maior empregador formal do Estado. É um orgulho para o setor. Ao somar indústria da transformação e da construção civil, além de quase um terço dos contratados no setor de serviços, que trabalham terceirizados em fábricas, o emprego industrial supera 500 mil vagas formais no Estado. Ao se considerar, segundo dados da Rais de 2021, todos que estão envolvidos em trabalhos diretos e indiretos com as indústrias, o número supera 1,2 milhão de pessoas.
A Adial entende que é uma grande responsabilidade lidar com muita atenção com as causas dos trabalhadores, que são determinantes, seja na produção ou no consumo. O diálogo e união marcam a relação da associação com centrais, sindicatos e organizações de trabalhadores, que têm portas abertas na entidade – e frequentemente estamos juntos em debates e demandas conjuntas.
A empregabilidade é uma das bandeiras da entidade. Não apenas pela carência de mão de obra, um gargalo do País, mas também pelo estrago social que traz este desastre que é o desemprego. A Adial identificou que uma parte relevante deste desemprego estrutural está associada à qualidade da mão de obra.
Nossa sociedade acompanha de forma lenta a evolução do emprego. Com isso, a Associação desenvolve o projeto Adial Talentos que é uma inserção da entidade neste novo mundo. A primeira ação foi criar um aplicativo, que pode ser baixado no celular – que aproxima as vagas abertas em nossas indústrias e operadores logísticos – agora com adesão de outros setores – do trabalhador que procura um emprego. Tudo sem custo para os dois lados. O foco é identificar vagas abertas e ligá-las imediatamente a trabalhadores, em qualquer canto do Estado, que estão sem trabalhar.
Neste Dia do Trabalhador, destacamos a relevância maior desta categoria para todo sistema econômico, e manifestamos nossa admiração por suas lutas, pois, junto aos empresários, representamos os maiores contribuintes, em bons sentidos, que sustentam e constroem este País. Trabalhando unidos, em prol do desenvolvimento, somos mais fortes. Aos trabalhadores, nosso aplauso.
José Garrote é presidente do Conselho de Administração da Adial.