Na abertura da 48ª Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, Ministério Madureira (Conamad), o bispo primaz Manoel Ferreira fez uma homenagem e declarou apoio ao Ronaldo Caiado (UB). O encontro reuniu, de quarta-feira (25) até sábado (28),  ministros, pastores, evangelistas e missionários de todo Brasil, na Assembleia de Deus Fama, no Setor Campinas, em Goiânia. 

Nos bastidores, a expectativa é que mais de 100 pastores de Goiás declarem apoio ao atual governador de Goiás e candidato à reeleição.

Durante a homenagem, o bispo, que já foi deputado federal, elogiou a gestão de Ronaldo Caiado e chegou a entregar um certificado de amizade ao governador, com os dizeres: “Eu, Manoel Ferreira, certifico que o governador Ronaldo Caiado é um amigo extraordinário. Sua sincera amizade é de grande relevância para o meu ministério e jornada de vida. Sou grato por você existir meu amigo”.

Segundo o religioso, Caiado “é um homem sério, honesto e de coração bom”. “Você me ensinou muito, foi meu professor com sua experiência de homem público. Sempre vi nele e Gracinha pessoas das mais alta estima. Aprendi na Câmara Federal a admirar a sinceridade com que você trata a coisa pública. É com orgulho que o recebo nesta noite”, afirmou.

Em resposta, o governador Ronaldo Caiado afirmou que era uma honra receber a homenagem e que foi a amizade que “o conduziu a chegar ao Governo de Goiás. “Com sua trajetória de vida, o bispo Manoel escreve uma história ímpar para o país e mostra o quanto ele, com sua capacidade, coragem, crença e fé em Deus, superou as maiores adversidades para levar a palavra de Deus para o Brasil e mundo”, disse o ubista. 

Durante os dias de evento, a primeira-dama Gracinha Caiado recebeu, no Salão Dona Gercina Borges do Palácio das Esmeraldas, pastoras e outras representantes da Igreja Ministério Madureira. Na ocasião, ela fez um balanço da administração do esposo e ressaltou a parceria dele com a igreja evangélica e lideranças religiosas de todo o estado.

“Vocês têm uma história de evangelização, de luta pelo povo de Goiás e do Brasil. E, em especial, por aqueles que mais precisam. É pelas mãos do povo da igreja que milhares de pessoas deixaram as drogas, o álcool e que milhares de homens deixaram a violência, o crime, o tráfico. Ronaldo e eu reconhecemos e agradecemos o trabalho incansável da igreja na recuperação de pessoas, na reconstrução de laços e no fortalecimento da família”, afirmou Gracinha Caiado.

Sem unanimidade

Em seu livro lançado neste mês, o cientista político e professor da Universidade de Zurique, Victor Araújo, afirmou que a relação estabelecida entre a religião e o voto não é, necessariamente, homogênea. Para ele, os evangélicos não apresentam essa uniformidade e a tendência atual é que os pentecostais, os neopentecostais e os chamados “tradicionais” escolham seus candidatos com base em princípios totalmente diferentes e autônomos, independentes da igreja. “Voto evangélico não existe. É lenda”, afirmou Araújo.