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sábado, 23 de novembro de 2024
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Agronegócio

Produção de grãos goianos deve atingir mais de 28 milhões de toneladas

As estimativas para Goiás indicam ainda uma produtividade média de 4,3 toneladas por hectare (+11,7%)

Postado em 13 de junho de 2022 por Ítallo Antkiewicz

Na safra 2021/2022, a produção total de grãos goianos deve totalizar 28,1 milhões de toneladas. Em relação à safra 2020/2021, houve um aumento de 14,3%. Os números são baseados no 9º Levantamento da Safra de Cereais divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quarta-feira (8). A projeção goiana também aponta uma produtividade média de 4,3 toneladas por hectare (+11,7%) e uma área total cultivada de 6,6 milhões de hectares (+2,3%).

Com 28,1 milhões de toneladas, Goiás é o terceiro maior produtor nacional de cereais entre os estados e o Distrito Federal. Somente a soja deve responder por 16 milhões de toneladas, alta de 10,2% em relação ao ciclo anterior. Segundo a Conab, Goiás deve ter a segunda maior produção de soja do país e a maior produtividade, com 4,0 toneladas por hectare (+7,8%)

Outra importante contribuição para a safra recorde de grãos do país vem do milho. Segundo a Conab, Goiás deve colher 10,2 milhões de toneladas de milho em 2021/2022. O resultado foi um aumento de 20,9% em relação ao trimestre anterior, tornando o Estado o quarto maior produtor do País. As estimativas de produtividade média de grãos também aumentaram (+15,8%) para 5,3 toneladas por hectare.

O 9º Levantamento da Safra de Cereais 2021/2022 também afirmou que Goiás deve manter a liderança nacional na produção de sorgo e girassol. A previsão para a produção de sorgo em Goiás é de 1,2 milhão de toneladas (+36,7%), com produtividade média de 3,2 toneladas por hectare (+34,3%). A produção de girassol deve atingir 40,8 mil toneladas (+104,0%). Além de ser o maior do País, o Estado deve ter a maior produção de girassol do país, com 1,6 toneladas por hectare (+56,8%).

Em nível nacional, segundo a Conab, a produção total de grãos em 2021/2022 deve chegar a 271,3 milhões de toneladas. Em relação à safra 2020/2021, a previsão é de crescimento de 6,2%.

O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça, ressalta que os produtores goianos estão entregando um desempenho histórico. “O volume é recorde, e isso precisa ser valorizado, mas também estamos alcançando as primeiras posições em produtividade em muitas das principais culturas. Isso é fruto de muito trabalho, conhecimento e investimento em tecnologia”, afirma.

Impulso no consumo

O economista Luiz Carlos Ongaratto, ressalta que existem vários níveis de benefícios com o aumento da produção de grãos. “É interessante aumentarmos a exportação, dentro do mercado cambial, dólar e reais, temos a tendência de termos um equilíbrio maior. Ajudando a frear o valor do câmbio, se temos muitas exportações o câmbio dá uma controlada, porque vai ter mais ofertas dentro do mercado econômico”, afirma.

Segundo o especialista, para a economia como um todo, os preços são determinados pela bolsa de valores, e dependem muito da demanda mundial. “É possível sim baixar os preços dos produtos ou controlar a inflação, porém uma grande produção aqui em Goiás, e uma baixa demanda em outro País, pode ser que os preços aumentem. Não é uma garantia de baixar os preços, quando apenas um lugar tem produção histórica”, explica.

Ongaratto, pontua que para o consumidor final, com um bom desempenho em vários setores, é bom para o setor econômico. “Se temos crescimento econômico, como por exemplo, temos uma possibilidade de aumento do salário mínimo, já que ele é baseado no crescimento do PIB”, ressalta.

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou, nesta quarta-feira (8), uma nova rodada do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA). O órgão manteve as estimativas de aumento das produções de cana-de-açúcar (+3,4%), café arábica (+4,2%) e uva (+13,4%), o que deve posicionar o Estado como terceiro, sétimo e décimo maior produtor nacional destas culturas. O levantamento também mostra que, apesar da queda prevista de 4,0%, Goiás deve manter a primeira colocação no ranking dos maiores produtores de tomate entre os Estados e o Distrito Federal.

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