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sábado, 23 de novembro de 2024
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Atenção

No primeiro ano de pandemia, a ansiedade aumentou em 25% de acordo com a OMS

Apesar da ansiedade não ser doença, se ela não for tratada pode desencadear em transtornos

Postado em 15 de junho de 2022 por Lanna Oliveira

No primeiro ano da pandemia, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um resumo científico divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas de fato, como a ansiedade é caracterizada? O termo tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo, entre outros fatores primários. Uma condição que influencia a qualidade de vida, ou seja, está diretamente ligada ao bem-estar físico e mental.

Apesar da ansiedade não ser doença, se ela não for tratada pode desencadear os transtornos de ansiedade que aí sim são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e às experiências de vida. Pode-se sentir ansiosa a maior parte do tempo sem nenhuma razão aparente; pode-se ter ansiedade às vezes, mas tão intensamente que a pessoa se sentirá imobilizada. A sensação de ansiedade pode ser tão desconfortável que, para evitá-la, as pessoas deixam de fazer coisas simples, como usar o elevador, por causa do desconforto que sentem. 

Para trabalhar de forma saudável a questão, existem métodos específico. A psicoterapeuta Jordana Ribeiro, analisa a situação de forma cautelosa. Ela diz que quando a ansiedade chega ao ponto de paralisar e prejudicar o bem-estar, é sinal de que algo deve ser feito. “O transtorno de ansiedade pode ser caracterizado de várias formas, como o transtorno de estresse pós traumático, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome do pânico, entre outras. Se não tratadas de forma correta, limita cada vez mais o paciente”.

Lidar com a ansiedade de forma assertiva pode parecer impossível, mas a profissional garante que não é. E o começo do processo é entender que a ansiedade não é sua inimiga, é necessário que seja naturalizado esse tema. “Quando você entende qual o papel que a condição ocupa na sua vida e aprende a controlá-la, nesse momento você inicia a caminhada para a leveza na vida”, indica Jordana. Ela continua dizendo que falar sobre também é um passo que é preciso dar para alcançar resultados positivos no controle da ansiedade.

A partir destas indicações, você percebe o padrão das situações que geram a ansiedade em sua vida e assim, pode combatê-las. De acordo com a profissional, a psicoterapia exerce um papel importante nesse processo de equilíbrio. “Na psicoterapia a pessoa toma consciência dos seus sentimentos, da sua conexão com o seu corpo e aprende a ter uma auto percepção aguçada”, explica. Isso gera o aprendizado de técnicas que auxiliam o controle da ansiedade, como a respiração, hábitos saudáveis, meditação, palavras de afirmações e muito mais.

O processo terapêutico favorece e potencializa essa sintonia consigo mesmo e Jordana Ribeiro enfatiza que faz parte do tratamento entender também que há lugar para uma ansiedade motivadora. Deve-se entender a ansiedade como um fenômeno que em equilíbrio nos beneficia, ela estimula o indivíduo a entrar em ação. “Ao contrário do que muitos pensam, a ansiedade não é doença ou um bicho de sete cabeças, um monstro ou a inimiga”, diz. Por meio dessa preocupação com o que possa vir, é que a humanidade evoluiu ao longo dos anos.

“A ansiedade é necessária para o nosso movimento de vida. É ela que faz com que nos dedicamos a algo para fazer bem feito, como estudar para uma apresentação no trabalho, por exemplo”, conta a psicoterapeuta. Ela ainda diz que o problema da sociedade moderna é a falta de inteligência emocional para lidar com as situações que exigem uma postura que não seja fugir. Quando há uma situação de estresse, o corpo entende como um risco, gera ansiedade e libera hormônios para que a pessoa lute ou fuja da situação. 

A maioria das situações não exigem luta e fuga e sim inteligência emocional para agir e não precisar desse estresse todo no organismo, diminuindo a ansiedade. O diagnóstico precoce de crises e transtorno de ansiedade é importante para um tratamento eficaz e o acompanhamento é imprescindível para obter-se melhores resultados e menores prejuízos. “Espero que as pessoas tomem consciência do seu próprio eu, para que reconheçam quando a ajuda é necessária. Cuidem do corpo e da mente de vocês!”, finaliza.

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