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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Varejo

Comércio varejista cresce 0,9% nos últimos dois meses; mercado está otimista

Em pesquisa feita pelo IBGE, quatro das oito atividades pesquisadas tiveram alta.

Postado em 19 de junho de 2022 por Victória Vieira

O comércio varejista do país está cada vez mais em alta. Segundo dados divulgados pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), conjuntamente com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril deste ano, o negócio cresceu 0,9% nos últimos meses, alcançando pela quarta vez consecutiva resultados satisfatórios.

“São notícias positivas que o empresário leva em conta para formar sua avaliação atual. A taxa de desemprego é a menor desde 2016 e isso faz com que as expectativas do setor melhorem de forma geral, uma vez que o emprego reflete diretamente na intenção de consumo da população. Além disso, o volume de vendas no varejo ampliado cresceu 4,2% frente a abril do ano passado. O crescimento acumulado do ano é 2% e o dos últimos 12 meses é de 2,4%”, explicou  o economista-chefe da Fecomércio de Minas Gerais, Guilherme Almeida.

Na média móvel trimestral foi registrado 1,2%, em comparação a abril do ano passado, que acumulou 4,5%. Entretanto, de acordo com o economista, apesar dos valores terem sido positivos, não exclui o fato dos varejistas enfrentarem cenários desafiadores a cada dia. “Eles estão conscientes de que indicadores como os de emprego e renda podem afetar seu volume de vendas nos próximos meses’’, relata.

Sucesso nos números

Quatro das oito atividades pesquisadas tiveram alta, sendo elas: móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%) e outros objetos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

Os varejistas relatam que o crescimento está atrelado aos cuidados do cliente em lojas da rede e estar atento às mudanças. O mais importante é se colocar no lugar do cliente e ouvir o que eles têm a dizer sobre o ambiente e atendimento.

“O varejo é um mercado que tudo acontece de maneira muito rápida. É preciso ficar atento a isso pois são esses movimentos dentro do mercado que orientam e movimentam decisões importantes dentro da empresa. Essa é a maneira que conseguimos crescer.”, comenta Ricardo Zonta, vice-presidente de um mercado atacadista.

Era digital

Outro fator importante está presente na evolução dos varejos, é a adição de novos meios tecnológicos para obter-se um crescimento nas vendas e entregas, já que atualmente,  as pessoas utilizam as plataformas para fazer pedidos sem sair de casa, economizando o combustível e a flexibilidade.

O estudo realizado pela TOTVS, junto com a H2R Pesquisas Avançadas, aponta que 94% dos varejistas possuem pelo menos um canal de vendas digital, mostrando que os lojistas brasileiros investem no ambiente virtual para garantir melhor proximidade e atendimento, isso atrai os clientes.

“O custo de adoção da tecnologia é muito mais barato do lado do cliente. Sempre vai ter consumidor como força motriz empurrando as mudanças nas empresas. A narrativa que aconteceu na pandemia é que a força continua vindo do consumidor, porém mais intensa. Já faz tempo que o varejo falava do digital. As receitas sempre cresceram bem no digital, chegando a 10%. Em dois anos subiram 50%”, afirma Elói Assis, diretor de varejo e distribuição da TOTVS.

Investimento

A Fecomércio relata que o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (liec)  registrou o maior aumento em maio. A demonstração é que, ao todo, 62,7% são de comerciantes interessados em investimento de negócios, em ressalva, as empresas de maior porte, trazendo investimento para nível 5,3 pontos.

Algo positivo é que 74,3% dos empresários alegam que estão mais felizes, confiantes e otimistas em relação ao cenário econômico, acreditando que as vendas irão melhorar. Diante desse fator, o cenário abre as portas do futuro para  contratações e expansão de grandes lucros.

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