Senado e vice seguem abertos na chapa do PT goiano
Partido dos Trabalhadores continuará as conversas mesmo após o encontro estadual
O PT foi o retardatário na hora de definir o pré-candidato ao governo de Goiás. Durante a semana passada, a presidente estadual Kátia Maria disse que a sigla optou pelo nome do ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), professor Wolmir Amado, para concorrer ao Palácio das Esmeraldas – desde o ano passado ele já era pré-candidato, mas o martelo não tinha sido batido.
Mas apesar de definido pelo PT, o nome ainda precisa passar pela federação (PT, PV e PCdoB). Nesta segunda-feira (4), deve ocorrer um encontro das siglas, justamente, para alinhar essa questão e definir os próximos passos. Naturalmente, o Partido dos Trabalhadores como maior legenda da federação deve encontrar pouca resistência, uma vez que, após a demora, enfim bateu o pé sobre Wolmir. Mas a questão da vice e Senado seguem indefinidas, pelo menos neste momento, informa a presidente Kátia.
A ideia é contemplar o máximo de aliados possíveis. Além dos partidos federados, no plano nacional o PT tem no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), a federação que inclui Rede e PSOL, o Solidariedade e a Unidade Popular (UP), e o próprio PSB.
Em Goiás, o apoio não é automático, como o próprio presidente do PSB estadual, deputado federal Elias Vaz, já disse. Segundo ele, que defendia o nome do ex-governador goiano José Eliton, a hora é de conversar. Ele afirma, ainda, que existem muitas possibilidades, não sendo estas necessariamente uma aliança com o PT no primeiro turno – apesar do palanque Lula/Alckmin estar certo.
O PSOL, por exemplo, já tem pré-candidaturas postas. Para o governo, a presidente da sigla Cintia Dias; para o senado, a ex-candidata à prefeitura de Goiânia, Manu Jacob. A UP tem o professor Reinaldo Pantaleão, como pré-candidato a senador.
Inclusive, dentro da própria federação que o PT faz parte, o PCdoB já colocou o nome da professora Denise Carvalho para concorrer ao Senado. Pelo PV, o presidente estadual Eduardo Cunha também se colocou à disposição.
O Partido dos Trabalhadores, que vê um bom momento eleitoral por causa do fator Lula – sobretudo nas chapas estadual e federal – terá que articular bem para contemplar os aliados. “A nacional orientou esperar um pouco mais [para definir] por causa da conjuntura. Continuaremos a conversa da vice ainda após o encontro estadual do dia 9”, afirmou Kátia. Ainda segundo ela, todos os partidos da aliança com Lula serão procurados para conversas.
Encontro estadual
Depois de dois adiamentos o PT marcou o encontro estadual para 9 de julho, próximo sábado. Dessa vez, ela ocorre com a anuência da direção nacional. A reunião teve dois adiamentos: ela ocorreria inicialmente em 28 de maio e depois em 11 de junho.
Na primeira vez, o ex-governador José Eliton que disputava com Wolmir Amado a preferência da federação (PT, PV e PCdoB) retirou a pré-candidatura – que o PSB segue defendendo. À época, ele justificou falta de consenso. Nos bastidores, entrava uma suposta articulação do PT pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que teria ocorrido de forma atropelada.