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sábado, 23 de novembro de 2024
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Comércio

Itens do hortifrúti apresentam queda os preços em Goiânia

Alimentos que antes estavam com os preços nas alturas como cenoura, laranja e couve-flor agora estão mais baratos

Postado em 12 de julho de 2022 por Sabrina Vilela

O cenário das feiras livres em Goiânia mudou mais uma vez, mas agora a notícia é boa para o consumidor. Nos primeiros meses do ano, a inflação tornou- se o principal assunto de donas de casas, produtores e vendedores.  Ao visitar as feiras no início do ano era comum ver os locais com poucos clientes e as bancas cheias de produtos porque além dos feirantes terem que enfrentar a recuperação pós-pandemia tiveram que enfrentar alta nos preços dos produtos. O índice que mede o preço dos produtos aos consumidores mensalmente, o  IPCA, no entanto aponta que produtos como cenoura, laranja e couve-flor estão mais baratos.

A variação dos preços na Capital, por exemplo, se comparada com os meses de março e abril foi de 0,81%. Já a variação acumulada, medida nos últimos 12 meses, ficou em 12,87%. O IPCA também destaca que nos primeiros cinco meses de 2022, a cebola registrava uma inflação acumulada de 49,99%. Já a couve-flor teve alta de 36,26%, em contrapartida a cenoura, nos primeiro três meses do ano, subiu 114,52%.

Com o cenário atual divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cenoura, que antes estava com alta de 55,41% em junho, apresentou queda de 23,36%.

Outros itens que são destaque no que se refere a diminuição são as laranjas baía (20,87%);  laranja lima (11,48%); cenoura, laranja e açaí estão 10,22% mais baratos; couve-flor (-10,13%); repolho (-8,75%); cebola (-7,06%) e o inhame (-6,69%).

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou em seu último documento que um dos fatores que têm contribuído para manter os preços mais baixos é devido  “a produção constante em Minas Gerais, notadamente na Região de São Gotardo, bem como em outras áreas importantes”.

Mesmo com a redução de alguns itens da feira, outro grupo que teve uma reação diferente em junho foi o leite com alta de 10,72% sendo encontrado de até R$8 em supermercados da Capital, feijão carioca com 9,745% e comer fora de casa com alta de 1,26%.

Clima contribui

O analista técnico do IFAG, Alexandro Alves explica que a baixa nos preços é normal para essa época do ano em que o tempo está mais seco e mais facilidade para produção, já que o principal item, irrigação, acontece sem maiores problemas nessas pequenas culturas que são as hortaliças. O analista informa que as regras de mercado são bem livres, porém, os vendedores seguem o que a maioria está praticando sem grandes variações no mercado varejista ou atacadista.

“Via de regra o reflexo nos preços chegam rápido ao consumidor, já que são produtos perecíveis e que não tem muito tempo prateleira, logo o que puderem fazer para o que o produto seja logo comercializado vão fazer, sem protelação ou espera por maiores preços por parte do mercado”, relata Alves.

No que se refere ao início do mês de julho, o analista afirma que os preços do hortifrúti sempre oscilam durante o ano, mas nessa época os preços tendem a estar mais equilibrados pelas boas condições de produção em sem extremos climáticos no momento. Segundo ele, o consumidor  já pode perceber nos mercados, feiras livres, a baixa de alguns produtos, especialmente o tomate e a batata. Outros produtos estão um pouco mais caros no início de julho como a cebola e o pepino comum comparado à média do mês de junho.

O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, esclarece que o clima interfere em vários aspectos do ramo alimentício. Ele exemplifica que em maio houve uma grande onda de frio – que assustou por conta da intensidade já que há muito tempo não teve um frio como esse – e provocou geadas que prejudicaram as folhagens o que ocasionou nas feiras uma elevação dos preços. “Por outro lado, quando tem muita chuva prejudica e estiagem demais é ruim também para as grandes produções como para as pequenas produções”.

Mesmo com o período de menor valor que está sendo enfrentado agora é necessário ficar de olho já que os preços oscilam muito. Amorim explica que durante o tempo mais estável, controlada por irrigação é possível conseguir os melhores produtos, mas no frio, por exemplo, a banana ficou com um preço um pouco maior. E esse período de estiagem vai até meados de outubro conforme acredita André Amorim, que também explica que para uma grande lavoura é necessário um período de chuva.

“No caso de escassez hídrica a vaca  passa por dificuldade para tomar água o que diminui a produção de leite. Se chover menos, produz menos milho, por isso é importante ficar de olho no tempo”, declara. Para que tanto os produtores não sejam tão afetados com as oscilações de preços de produtos é necessário estar atento aos produtos da estação já que esses são os que estarão em abundância e com valor mais em conta. “As frutas da estação por causa do volume tem a tendência de reduzirem os valores já que no período chuvoso ela não consegue se desenvolver”. 

Frete

Diego Omizzollo  é gerente de loja do Ceasa no ramo de frutas há sete anos. Ele conta que houve corte no preço da maçã pequena nacional (em média R$5 o quilo), uva (menos de R$5 a caixa ) e melão (também menos de R$5 o quilo). Mas, ele afirma que mesmo com as frutas da época não tem como baratear ainda mais por causa do frete que está em constante alteração nos últimos dois anos principalmente por causa dos combustíveis. 

“Temos que trabalhar com o lucro mínimo. O consumidor final acaba pagando a diferença também porque, precisamos repassar o aumento o aumento do frete é gradativo. Em torno de 10% do custo operacional da loja é o valor total que pagamos só de frete. Há 2 anos eu pagava apenas 6%”, informa Diego. 

Já o pêssego, nectarina e ameixa devem vir de outros países e a caixa delas espanhola está R$200 R$ 500. A pêra também está com um preço mais salgado, custando em média R$10 o quilo.

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